Filha de mãe japonesa e pai haitiano, a tenista Naomi Osaka, 23, foi criada nos moldes das campeoníssimas irmãs americanas Venus e Serena Williams. E como as duas, chegou ao circuito profissional como uma locomotiva, atropelando todas as rivais, inclusive a ídolo Serena.
Em 2018, aos 20 anos, ela conquistou seu primeiro Grand Slam, o Aberto dos EUA. No ano seguinte, também venceu o Aberto da Austrália, ocasião em que assumiu a liderança do ranking mundial. Atualmente, é a segunda colocada.
Pelo feito, ela se tornou a primeira atleta nascida no Japão (entre homens e mulheres) a conquistar títulos de Grand Slam no tênis, e a primeira asiática a liderar o ranking mundial.
Desde então, Naomi ainda conquistou mais um Aberto dos EUA (2020) e outro do torneio australiano (2021), mostrando estar em grande forma para o seu principal objetivo no ano: conquistar o ouro olímpico.
Além da sua técnica com a raquete na mão, Osaka também tem demonstrado força fora das quadras, tornando-se uma das líderes no ativismo pelos direitos humanos no esporte.
Seu primeiro ato nesse cenário foi visto ano passado, quando desistiu do Torneio de Cincinnati como forma de protesto pela morte do negro Jacob Blake por um policial branco.
No Aberto dos EUA, ela usou uma máscara com os nomes de vários negros vítimas da violência policial nos EUA, como Breonna Taylor, Ahmaud Arbery, Trayvon Martin e George Floyd.
Em maio, ela se envolveu em uma polêmica ao se recusar a conceder entrevista no Torneio de Roland Garros, alegando estar depressiva. Ameaçada de multa e punição, ela desistiu e também não jogou o WTA de Berlim e o Torneio de Wimbledon para se dedicar exclusivamente à preparação para os Jogos.
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