São Paulo, 9 de outubro de 2006. Oi, Agora, tudo bem? Depois de cinco anos como repórter responsável pela cobertura do Corinthians, estou motivado em assumir o espaço de colunista deixado pela saída do insubstituível Mauro Beting.
Como sonhar não custa nada, eu tenho fé que um dia terei o prazer de escrever sobre o título invicto corinthiano da Libertadores e, saravá, são Jorge, ainda conhecerei o Japão reportando o bi mundial do time do povo.
Como não realizei o sonho de nove entre dez crianças de virar jogador e disputar uma Copa, tenho o objetivo de um dia estar no principal evento do mundo como jornalista. E, como amo história, se puder aliar esse desejo com a possibilidade de estar no mesmo estádio do ídolo Nelson Mandela numa decisão, eu serei eternamente grato.
Como a vida não é só futebol e eu parei de beber, mas continuo mamando, estamos aí se a chefia resolver escalar nóis para analisar taticamente a reabertura do Bahamas, ou, quem sabe, conferir as tendências inverno/outono dos 50 tons de fúcsia da São Paulo Fashion Week.
Da série “é bom para o moral, é bom-bom”, enquanto isso não acontece, quem sabe não rola para os leitores um esquenta com Rita Cadillac, Mônica Mattos, Pâmela Butt, Leila Lopes e graaaande elenco como “Carocinhos da Semana”?
Num ambiente de tanta rotatividade como o jornalístico, quem sabe não consiga construir uma história e fique, sei lá, 10, 15 anos, quiçá mais, com as Caneladas do Vitão e que a coluna abra espaço na sala das pessoas e convites paralelos em outros veículos importantes como SporTV, BandNews, Bandsports, UOL para que, além do prazer de trabalhar com o que amo, possa ter condições de pagar boletos e pensar em realizar o maior sonho de todos que é ter um filho. Tem mais: se isso acontecer, ele vai chamar Basílio e vou publicar a foto dele na coluna para comemorar o seu nascimento!
Após um período experimental durante a Copa-2006, a coluna Caneladas do Vitão virou fixa e diária nas páginas deste Agora há 15 anos, em 9 de outubro de 2006. Agradeço ao ex-editor responsável Nilson Camargo pela coragem do convite, minha família pelo apoio e, principalmente, as diferentes gerações de leitores que prestigiam as CANELADAS DO VITÃO. Muito obrigado!
Eduardo Galeano: “A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo”.
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