Fácil, extremamente fácil... Alô, povão, agora é fé! Sem forçar, se dando ao luxo de poupar Felipe Melo e em uma rotação de quem faz um amistoso-apronto contra um Santos que jogava à vera para se afastar do Z4, o Palmeiras fez quatro gols para valer dois (o primeiro deles absurdamente anulado pelo fraco Raphael Claus com o "auxílio" do lixo do VAR) e deixou a Vila Belmiro na vice-liderança e muito mais confiante para a decisão continental de 27 de novembro.
Se o Palmeiras sobrou em seu coletivo de luxo, o Santos, apoiado pela torcida única (essa aberração paulista pré-pandêmica), tentou assumir o papel de mandante e entrou pilhado.
E o excesso de vontade foi representado, para o bem e para o mal, logo de saída por Raniel. Logo aos 2min, o substituto de Tardelli chegou com tudo em Raphael Veiga e mereceu o amarelo; aos 11min, o centroavante foi servido por Madson, girou e quase assinou uma pintura.
Aos poucos, bem aos poucos, o Palmeiras, sem forçar jogadas e sem pressa, entrou no jogo e explorou o nervosismo e os espaços deixados pelo Santos.
Por duas vezes no final da primeira etapa, o velocista Rony foi à rede. O primeiro gol foi muito mal anulado pelo lixo do VAR por mão involuntária de Dudu; o segundo, com oferecimento com açúcar e afeto de Raphael Veiga após letra do Dudu, foi confirmado no placar, 1 a 0.
No segundo tempo, o ritmo da prosa foi mantido. Igualzinho. Santos, em casa e precisando do resultado, forçando e parando na defesa que ninguém passou... E o Palmeiras, com espaço, calma e estratégia, contra-atacando. E a beleza do 2 a 0 assinado por Raphael Veiga fez justiça ao melhor jogador em campo do melhor time.
O Brasileirão, até o palmeirense mais fanático sabe, já é do Galo. Mas é sempre bom vencer, especialmente um rival e jogando, à Abel, de forma eficiente. E o santista, apesar do medo, tem de estar ciente de que não será a derrota para o Verdão que fará o Peixe conhecer a Série B.
Carlos Marighella: "Quero ser apenas um entre os milhões de brasileiros que resistem".
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar! E zelar, claro, vem de ZL! É tudo nosso! É nóis na banca! No agora.com.br. E no youtube.com/blogdovitao.
Destaques da 30ª rodada do Campeonato Brasileiro de VARtebol
São Paulo na berlinda
O preguiçoso, acomodado e lento futebol e, pois, a merecidíssima derrota para o Bahia (1 a 0 ficou barato) deixaram o São Paulo mais longe da pré-Libertadores e o torcedor do Tricolor paulista de cabeça inchada, mas (como Grêmio, Sport e Santos também apanharam na rodada) o revés não é suficiente para o armagedônico assunto luta contra o rebaixamento voltar à baila no Morumbi. Mesmo assim, é inacreditável que a equipe tenha Orejuela na lateral. Para 2022, esteja o São Paulo na pré-Libertadores ou na Sul-Americana, é preciso contratar, pelo menos, um goleiro e um lateral direito minimamente confiáveis!
Troféus
O craque
Raphael Veiga
Com o passe açucarado para Rony fazer 1 a 0 e a pintura do 2 a 0, o meia (à dir.) foi o craque do vice-líder na Vila. Como a torcida que canta e vibra só pensa na final da Libertadores, registre-se que Veiga está jogando mais que o Everton Ribeiro...
Bem na fita
Fiel
Não há erros bizarros e reiterados na escalação de Sylvinho Curso Uefa que vença à Fiel! Assim como aconteceu contra Bahia, Fluminense e Chapecoense, o apoio ensandecido do bando de loucos também foi fundamental para o 1 a 0 sofrido contra o Fortaleza, mantendo o 100% do time do povo como mandante desde a retomada do público. E tem gente, ah, que bobos, que acha que torcida não ganha jogo e analisa futebol com base em posse de bola...
Orelhudo
Dinizismo
Da série "eu já sabia", a chance do Vasco voltar à Série A, como era a sua obrigação pelo investimento superior aos 19 rivais, acabou no dia em que a diretoria anunciou a injustificável contratação de Fernando Diniz! Futebol não é gincana de saidinha nem competição imbecil de posse de bola. A piaba em casa para o Botafogo por 4 a 0 (e o Vasco "venceu" a posse por 56% a 44%) foi a pá de cal de um fracasso anunciado. Parabéns ao líder Fogão de Enderson Moreira!
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.