Diferente de qualquer criança com dez anos de idade, Gustavo Oliveira Santos está impedido de andar, brincar e ir à escola.
Ele sofre de hemiparesia, uma doença que causa paralisia parcial do corpo.
Ao Agora o pai do menino, o vidraceiro Robson Francisco dos Santos, 33, de Lauzane Paulista (zona norte), disse que o problema foi causado por intercorrências durante o parto, realizado no Hospital do Mandaqui.
“Foi negligência. A cesariana atrasou e faltou oxigênio no cérebro do bebê”, afirma. A doença não foi identificada no nascimento. “Aos seis meses, notamos que ele mexia mais o lado direito do que o esquerdo. Com dois anos, Gustavo teve febre alta e convulsão”, diz. O diagnóstico foi feito meses depois pela equipe médica do mesmo hospital.
“O Gustavo sente muitas dores e não consegue andar, porque o tornozelo atrofiou. Há dois anos ele não vai à escola”, relata Santos. Em novembro do ano passado, o hospital disse que faria o procedimento até fevereiro de 2019, o que não ocorreu.
No dia 30 de abril, a ouvidoria do hospital informou aos pais da criança que não seria possível prever uma data para a cirurgia. “Sempre nos falam que falta material”, queixa-se.
Hospital do Mandaqui
Tel.: (11) 2281-5000
Paciente segue na espera
A Secretaria de Estado da Saúde informa que a cirurgia ortopédica requer um material específico, que está sendo comprado. Além disso, é necessário que o paciente apresente condições clínicas adequadas para o procedimento. A pasta esclarece ainda que o hospital não localizou informações sobre intercorrências no parto. Segundo nota, a cesariana ocorreu em menos de três horas após a entrada da então gestante.
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