Toyota vai demitir 340 funcionários em Sorocaba

Montadora não renovará contratos temporários; acordo com sindicato pode diminuir cortes

São Paulo

A Toyota vai demitir 340 funcionários da fábrica da montadora em Sorocaba (99 km de SP). Em nota, a empresa atribuiu os cortes, principalmente, à queda das exportações e à variação cambial. 

Os colaboradores que serão cortados são aqueles com contratos temporários. Porém, a empresa abriu um PDV (Plano de Demissão Voluntária) para cem empregados fixos. 

Fabrica da Toyota em Sorocaba, interior do estado de São Paulo - Lalo de Almeida/Folhapress

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, Leandro Soares, afirma que o plano de demissão foi acordado após negociações. “O PDV vai aliviar a questão dos contratos temporários que não seriam renovados neste ano. O número de colaboradores fixos que aderir ao PDV vai impactar no número de temporários dispensados, proporcionalmente”.

Soares explica que, há cerca de duas semanas, o sindicato recebeu da montadora uma pauta com 20 itens, entre eles, o cancelamento de 340 contratos temporários de trabalho, após uma reavaliação na previsão de vendas diante da situação dos mercados internos e externos.

 

Crise e demissões

O sindicalista explica que, no ano passado, foram contratados 740 trabalhadores com contrato temporário para formarem um terceiro turno e atender as previsões de vendas da montadora, que passará por uma ampliação e terá que parar a produção por alguns dias durante este ano.

Entretanto, com a crise na Argentina (principal país importador) e com o mercado brasileiro desaquecido, as previsões caíram e, junto com elas, a necessidade de fabricar novos veículos. 

“A ideia era que, após a ampliação da fábrica, esses contratados temporários fossem realocados. Mas com a queda na demanda de mercado, a montadora decidiu não renovar parte desses contratos”, afirma.

O presidente do sindicato diz que neste sábado (1º) uma nova proposta será apresentada aos trabalhadores da fábrica para que seja levada para a empresa. “Precisamos saber as garantias de quem ficará, se existem novos projetos previstos e os próximos passos”, finaliza.

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