Há mais de dez anos, o recepcionista Airton Raimundo Nonato, 56 anos, do Campo Limpo (zona sul), foi diagnosticado com um problema cardíaco e, desde então, é obrigado a tomar diariamente cinco tipos de medicamento para controlar a pressão e o colesterol. São eles: besilapin 5 mg, sinvastatina 10 mg, AF 100 mg, enalapril 20 mg e alprenolol 40 mg.
O leitor relata que é cadastrado no programa Remédio em Casa, da Prefeitura de São Paulo. Os remédios devem ser enviados em quantidades suficientes para o período de 90 dias para os portadores de doenças crônicas.
No entanto, Nonato conta que o último lote deve acabar em dez dias. Preocupado, no dia 13 de agosto, foi à UBS (Unidade Básica de Saúde) do Campo Limpo (zona sul), onde faz acompanhamento, para passar em nova consulta.
“A médica me examinou. Levei a receita para a farmácia e, até agora, nada do remédio chegar em casa”, disse. A possibilidade de não ter os medicamentos já altera a pressão do recepcionista. “Eu não estou me sentindo bem. Sinto dores no coração”, relata ao Agora.
“Isso é um absurdo, eu reclamo na unidade de saúde e eles mandam reclamar com a Secretaria Municipal da Saúde. No 156 eles mandam falar com a UBS. É um jogo de empurra. Peço a intervenção do Defesa do Cidadão para resolver isso.”
Secretaria promete entrega
A Coordenadoria Regional de Saúde Sul informa que a última remessa foi entregue ao paciente em 25 de junho, quando recebeu em casa sinvastatina 10 mg, AF 100 mg, enalapril 20 mg e alprenolol 40 mg e retirou, em 10 de julho, 40 comprimidos de anlodipina 5 mg na UBS. A previsão para a próxima entrega é 25 de setembro. O órgão diz que ele pode retirar anlodipina 5 mg na UBS independente da entrega trimestral.
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