Chegou o ano de 2019 e o trabalhador consegue marcar agendamento no INSS em velocidade nunca vista, mas em compensação demora uma eternidade para ser atendido e ter o processo resolvido.
Depois que os documentos são recepcionados pelo funcionário do instituto, a papelada é arquivada numa "nuvem", uma mistura de fila nacional, cloud computing social e limbo invisível.
A demora chega de seis a nove meses, a depender da região. E o trabalhador muitas vezes fica sem saber o que fazer.
O momento é crítico. Servidores da autarquia se aposentando, alta demanda nas agências do INSS nesse momento pré-reforma, desespero coletivo e muitos requerimentos de uma só vez.
Mas algumas dicas podem ser dadas nesse momento de sufoco. Se o serviço da Ouvidoria do INSS nunca foi tão bom, agora é que não está dando conta mesmo do volume de pedidos. Não adianta chorar lá que será mais uma reclamação entre milhares.
Portanto, essa opção não adianta muito. Para quem deseja insistir em resolver o problema no âmbito administrativo, às vezes pressionar o funcionário marcando "horário" na agência pode adiantar.
Uma espécie de corpo a corpo. Essa presença do trabalhador para falar diretamente com o responsável pode sensibilizar e trazer o deslinde do caso. Contratar advogado para usar do seu atendimento preferencial também é outra opção.
Como os prazos de 45 a 60 dias, previstos na lei, não estão sendo respeitados, atualmente a impetração do mandado de segurança tem sido um remédio eficaz. O juiz dá a ordem para que a agência respeite o prazo legal; os servidores o apelidaram de "fura-fila".
A Justiça também pode ser a solução, pois, além de caracterizar a discussão antes da reforma, viabiliza liminares em casos de urgência. Até a próxima.
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