Desempregado há mais de dois anos, o administrador de empresas André Luiz da Silva, 46 anos, de Perus (zona norte), resolveu financiar um carro para trabalhar como motorista de viagens por aplicativo. Após visitar uma concessionária de veículos e se interessar por um Chevrolet Prisma, ele afirma que foi instruído a preencher um formulário de intenção de compra. 

No entanto, descobriu depois que o documento era, na verdade, o pedido de financiamento do carro no Banco Pan. “Comprei o carro no dia 11 de setembro e o recebi em 10 de outubro já com a parcela para a mesma data”, reclama ele afirmando que os prazos combinados eram diferentes.

Ele conta que após se queixar, a loja assumiu a primeira parcela. “Fiquei profundamente chateado, sentindo-me enganado. Percebi várias tarifas, produtos, taxas não explicadas e não solicitadas na ocasião do contrato”, queixa-se. 

“Quero que o Banco Pan se responsabilize, pois a loja é seu correspondente bancário, mas não forneceu todas as informações necessárias na ocasião”, diz.

O leitor pede o reembolso desses produtos que não tinham sido explicitados pelo vendedor da loja. “Foi cobrado no financiamento entre tarifas, seguros e impostos o valor de R$ 3.468,62. Consegui recuperar o valor parcial do seguro não solicitado de R$ 1.407,93, ficando ainda R$ 2.060,69 entre tarifas e IOF”, afirma.

Instituição realiza reembolso

O Banco Pan informa, por meio de nota de sua assessoria de imprensa, que os valores questionados foram devidamente reembolsados.

Silva, no entanto, continua descontente com a instituição financeira. O administrador de empresas conta que recebeu a ligação de um gerente informando que poderia estornar o valor do seguro proporcional aos dias em que a apólice estava ativa, mas não o IOF e outras tarifas bancárias. “Considero injusta a decisão do banco”, disse.