A cuidadora de idosos Lúcia Helena Bento Mariguela, 49 anos, do Jardim João 23, Butantã (zona oeste), conta que, há dois meses, não consegue retirar material para curativo na UBS (Unidade Básica de Saúde) Jardim Paulo VI, onde sua mãe, a pensionista Araci de Jesus Bento Mariguela, 77 anos, é atendida.
“Minha mãe precisa utilizar diariamente faixas e demais itens para curativo, mas não está sendo atendida. Com certeza também outros pacientes”, reclama ao Defesa do Cidadão.
“Eles não estão fornecendo os insumos para pacientes crônicos que fazem curativos em casa. A desculpa da Unidade Básica de Saúde é que está para vencer a licitação da empresa que fornece o material”, queixa-se à reportagem do Agora.
Lúcia Helena afirma que a mãe tem uma ferida na perna por causa de uma trombose na perna direita e tem que trocar o curativo três vezes por dia.
“Não estão entregando faixas, luvas, soro e esparadrapo. Para se ter ideia ela precisa utilizar seis faixas por dia. É uma humilhação o que fazem com o cidadão”, afirma a aposentada.
A leitora relata que a mãe ganha um salário mínimo e tem que comprar vários medicamentos.
“Não dá para todos os meses desembolsar R$ 294 para comprar ataduras. Queria saber como o idoso vive neste país? É uma pouca vergonha.”
Secretaria Municipal da Saúde
(11) 3397-2000
Secretaria fornece ataduras
A Secretaria Municipal da Saúde, por meio de nota da Coordenadoria Regional de Saúde Oeste, informa que a UBS (Unidade Básica de Saúde) Jardim Paulo VI foi reabastecida com as ataduras de 10 cm no dia 2 deste mês, e os insumos já foram fornecidos à filha da paciente Araci de Jesus Bento Mariguela.
Em novo contato com o Agora, a leitora confirmou a informação. “Retiramos as ataduras. Espero que essa situação não volte a se repetir”, disse.
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