Pernil sobe 50% e deixa ceia de Natal do brasileiro mais cara

Dólar alto, crise e aumento da procura estão entre os motivos; peixe pode ser alternativa nas festas

São Paulo

A recente alta no preço das carnes chegará à mesa do Natal dos brasileiros. Segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), as carnes mais consumidas nesta época podem custar até 50% a mais que em dezembro de 2018.

O pernil com osso ficou 50,39% mais caro em 12 meses e o filé mignon subiu 46,49%, seguido pelo lombo de porco com osso, que teve alta de 24,02%. O bacalhau subiu 15,73%, e as aves natalinas, 10,82%. Já o peru ficou 4,22% mais caro. A cesta completa teve aumento médio de 3,19%. 

Alta nas exportações, crise econômica no país, baixa produção nacional de carnes e dólar mais caro, que explicaram a alta de preços das carnes em novembro, também pressionaram as carnes típicas do fim de ano. 

Guilherme Moreira, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, lembra que o consumo maior destes itens em dezembro já costuma elevar os preços.

“O aumento das carnes bovinas no mês passado impactou nos preços e todas as proteínas foram prejudicadas. A ceia será um pouco mais cara neste ano por isso. Quem quiser economizar pode investir na compra de peixes e dar mais atenção a outros itens, como frutas e doces, que não tiveram aumento tão significativo.

Ceia de Natal | Variação de preços 2018/2019

Itens  Variações 
Pernil com osso    50,39%
Lombo de porco com osso 24,02%
Peru 4,22%

Frango especial

10,82%
Picanha 22,88%
Filé mignon 46,49%
Bacalhau 15,73%
Farofa -8,57%
Macarrão espaguete  13,36%
Azeitona  4,95%
Azeite de oliva extra virgem -11,65%
Uva  -10,61%
Pêssego  16,75%
Sorvete  4,44%
Bolo pronto  10,28%
Panetone frutas cristalizadas 1,93%
 Champagne -6,84%
 Vinho tinto 3,99%
Cesta de natal total 3,19%

Fonte: Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)

Ceia e almoço 

As famílias brasileiras devem desembolsar, em média, R$ 250 com os preparativos da ceia ou do almoço de Natal, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito. No total, 30% devem dividir os gastos da festa levando um prato, e outros 29% vão contribuir com um valor. Apenas 12% disseram arcar com todas as despesas. Boa parte dos consumidores pretende renovar o guardar roupa para o Natal.

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