O comerciante Willians Yuji Suzuki, 51 anos, de Parelheiros (zona sul), conta que ficou com seu estabelecimento fechado por dois meses e, mesmo assim, recebeu contas de luz da Enel com valores iguais a quando estava com o local aberto.
“Como podem cobrar R$ 366,39 pelo fornecimento de energia elétrica de um imóvel que permaneceu fechado por tantos dias? Isso não está correto. Estava esperando receber uma conta com valor entre R$ 50 e R$ 100”, diz o leitor.
“O meu relógio de medição está virado para a rua e o funcionário da empresa tem o livre acesso ao relógio”, afirma o comerciante à reportagem do Agora.
Suzuki relata que já recebeu duas cobranças com esses valores e as pagou com receio de que a companhia cortasse a luz de seu estabelecimento comercial.
“Peço que a Enel revise o valor dessas contas e cobre somente o correto. Não tem cabimento fazerem isso com uma pessoa que está sem trabalhar durante a pandemia. Quero o meu dinheiro de volta. Não tenho condições de arcar com essa despesa neste momento”, reclama Suzuki.
O comerciante afirma ainda que entrou em contato com a central de atendimento da Enel e fez a solicitação de revisão para a companhia, mas não obteve sucesso na resposta até o momento.
“Mandei para a Enel toda a explicação e os dados do ocorrido. Peço a intervenção do Defesa do Cidadão para que a Enel tome as providências o mais rápido possível”, afirma ao Agora.
Enel orienta sobre autoleitura
A Enel Distribuição São Paulo informa que esclareceu ao cliente que as faturas referentes a março, abril e maio foram realizadas pela média de consumo dos últimos 12 meses, autorizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), devido à pandemia do coronavírus. Qualquer diferença de consumo, diz nota, para maior ou menor será efetuada caso seja realizada a autoleitura do medidor ou quando as leituras se normalizarem. A concessionária diz que o cliente foi orientado sobre a autoleitura.
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