Se a reforma da Previdência teve vários aspectos negativos, um positivo pode ajudar sobremaneira a renda vitalícia de quem pagou mais do que o necessário a título de carência ou de tempo de contribuição.
É que nestes casos o artigo 26, parágrafo 6º, da Emenda Constitucional 103/2019 autoriza que haja uma flexibilidade em o segurado poder escolher o que entra e o que sai no cálculo da aposentadoria, dando oportunidade para excluir contribuições que importem na redução do valor do benefício.
Para fazer esse experimento matemático, é necessário às vezes fazer reiteradas simulações de cálculo, até se encontrar o melhor resultado final.
É possível, por exemplo, deixar uma contribuição no período básico de cálculo após o ano de julho de 1994, hipótese na qual a média salarial será exatamente o valor dessa contribuição, aplicando-se em seguida o coeficiente inerente da aposentadoria.
Essa possibilidade só seria aplicada para quem teve concessão de aposentadoria após 13 de novembro de 2019, quando começou a vigorar a Nova Previdência. É importante ficar atento e, se necessário, procurar um especialista. Confira quem consegue se aposentar em 2021.
Trata-se de uma revisão mais técnica que exige atenção em escolher a melhor composição dos salários. Muito pouco provável que o INSS irá ficar fazendo vários cálculos até achar o melhor salário para você, embora seja dever da autarquia assim proceder.
Revisão
As pessoas que se aposentaram depois da reforma, com o perfil de ter contribuições excedentes, possivelmente não tiveram o cálculo calibrado da melhor maneira. E daí vale ter uma atenção com a possível omissão do instituto na hora de conceder o benefício previdenciário. O segurado poderá também cobrar as parcelas vencidas do aumento que deixou de ser pago nessa revisão, ou seja, os atrasados do benefício. Veja como baixar o processo administrativo para pedir uma revisão.
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