O microempresário Marcelo Alexandre Sassi, 48 anos, tem uma casa de campo há cerca de dez anos na cidade de Joanópolis (112 km de SP). Segundo ele, a residência fica vazia a maior parte do ano e os aparelhos elétricos são desligados da tomada. “É um local de veraneio, visitamos de vez em quando. Às vezes, ficamos 30 dias sem aparecer lá”, conta Sassi ao Agora.

De acordo com o microempresário, no dia 10 de fevereiro, houve uma queda de energia e o condomínio onde fica a casa passou dois dias sem luz.

Ele não estava no local, mas soube que o motivo do problema foi um defeito no transformador da rua e que funcionários da Elektro, empresa que atende a região, foram até lá fazer a manutenção da rende.
No mês seguinte, a conta de energia elétrica dele, que era de R$ 150, em média, subiu para R$ 2.201,93.

“Um eletricista que contratei descobriu o motivo do alto consumo: meu depurador de ar entrou em colapso. Ele ficou em curto e se transformou em uma resistência como um chuveiro, onde consumiu energia o tempo todo devido a esse problema”, conta ele.

Sassi relata que foi pessoal à Elektro para contar o que ocorreu e pedir revisão da conta, porém, após uma viagem de mais de 100 km, ouviu dos funcionários da empresa que a reclamação deveria ser registrada em um totem digital.

“Tentei atendimento com três funcionários, mas nada fizeram. Continuo sem nenhuma resposta ou conta revisada”, reclama o leitor ao Defesa do Cidadão.

Medidor está normal, diz Elektro

A Elektro informa, em nota enviada, que uma equipe técnica esteve no local,e constatou que o medidor do cliente encontra-se dentro da normalidade. “A equipe esclareceu ao cliente que a unidade consumidora está localizada na área rural de Joanópolis, sendo as leituras realizadas trimestralmente e o faturamento mensalmente, de acordo com a Aneel, órgão regulador”. Em novo contato, o leitor disse que não concorda com a resposta. “Não acredito que o medidor esteja correto”, diz ele.