Paulo Jablonski, 62 anos, morador de Ferraz de Vasconcelos (Grande SP), está esperando pela concessão do auxílio por incapacidade temporária, o antigo auxílio-doença, há quase sete meses. O pedido foi feito em abril, por meio do portal Meu INSS, quando o segurado afirma ter apresentado todos os documentos exigidos, tais como laudo médico e exames.
Ele tem artroplastia total, ou seja, uma prótese no joelho esquerdo. "Mesmo com a prótese, tenho várias limitações, como dirigir, caminhar, subir e descer escadas, e agachar", exemplifica ele, que explica que o laudo médico já aponta artrose no joelho direito também.
"Quando ligo no INSS, o atendente informa apenas que [a solicitação] está em análise documental, mas está assim desde abril. Não posso trabalhar devido ao problema que tenho, que já foi confirmado através do laudo médico", relata Jablonski, que trabalhava como encarregado de limpeza pública.
"Estou há pelo menos seis meses sem resposta, sem condições de trabalhar e sem renda alguma. Preciso da ajuda da Defesa do Aposentado para obter um retorno do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]", desabafa à reportagem do Agora.
Segundo acordo assinado entre representantes do governo federal e o STF (Supremo Tribunal Federal), desde junho, o INSS tem até 45 dias para analisar o requerimento de auxílio-doença dos segurados. É possível impetrar um mandado de segurança para agilizar a análise, porém, é necessário o envolvimento de um advogado.
Concessão depende de perícia
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) afirma que o segurado fez o pedido de auxílio por incapacidade temporária por meio de análise documental. Os documentos apresentados pelo segurado foram previamente analisados pelos peritos.
Porém, para a conclusão da análise, será necessário que ele passe por um exame médico pericial presencial, diz o instituto, em nota enviada ao Agora. Ele pode obter detalhes do seu processo pelo telefone 135 ou, ainda, pelo site ou aplicativo Meu INSS.
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