Unidades básicas de saúde da zona oeste da capital estão com medicamentos e insumos em falta. Moradores da região têm de se deslocar até 50 quilômetros para conseguirem certos remédios, como tiamazol, usado no tratamento de hipertireoidismo, e propranolol, para hipertensão.
Faz dois meses que Adilson de Jesus Santos, 45 anos não encontra em nenhum posto da rede municipal o remédio do irmão, que sofre de epilepsia. “É um problema crônico, ele tem muitas convulsões por dia se não toma o remédio, não pode nem ficar sozinho em casa.”
Na última sexta-feira, Santos acabou comprando uma caixa de carbamazepina, que custa cerca de R$ 15 e dura duas semanas. “Pode parecer pouco, mas estou desempregado e é um gasto a mais que não deveria ter.”
Segundo o site Aqui Tem Remédio, da prefeitura, o medicamento está em falta em todos postos da cidade.
Na região, além de remédios, insumos também faltam. “Na semana passada, minha sobrinha de cinco anos se machucou e não conseguiu fazer curativo no posto, pois faltava gaze”, disse Cláudio Freitas.
Pedidos não foram entregues
A Secretaria Municipal da Saúde informa que os medicamentos Tiamazol 5 mg e o Propranolol Cloridrato 40 mg não têm sido entregues pelo fornecedor, e somente 33% do pedido do Carbonato de Lítio 300 mg foi entregue.
A empresa foi multada e uma nova compra está em andamento. O Carbamazepina 200 mg também está em processo de compra. Já a Glicazida 30 mg, não é de uso padrão pela rede básica, segundo a pasta.
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