A Polícia Civil prendeu seis pessoas suspeitas de fazerem parte de um grupo de pistoleiros que migrou do Ceará para São Paulo há cerca de dois anos. As prisões ocorreram na madrugada desta segunda-feira (15) em Guarulhos (Grande SP).
Segundo o delegado Fernando Santiago, do 4º DP de Guarulhos, os acusados, parte deles da mesma família, matavam em troca de dinheiro em todo o estado do Ceará. “Porém, quando eles assassinaram dois policiais, fugiram para São Paulo para evitar represálias na região", explicou o policial.
Os criminosos, segundo a polícia, mantinham no bairro Bonsucesso uma “vaquejada” clandestina. A atividade, tradicional no Nordeste do país, mas proibida em Guarulhos, ocorre com dois cavaleiros, que precisam derrubar um boi com as próprias mãos, após o animal ser “perseguido”.
Segundo Santiago, por conta da vaquejada, sua delegacia passou a investigar o bando. “Um dos suspeitos presos teria matado um rival neste tipo de negócio. Além disso, o grupo também vendia drogas durante os eventos", afirmou o delegado, que investiga outros homicídios que possam estar ligados aos presos.
Parte dos suspeitos, segundo a polícia de Guarulhos, se filiou à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
A operação, batizada de “Cactus”, começou às 6h. Ao todo, o 4º DP prendeu seis integrantes da quadrilha, além de mais cinco pessoas, em flagrante, por manterem armas e drogas em casa. Também foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão.
Segundo imagens enviadas à reportagem, alguns bandidos dormiam no momento em que foram presos.
Foram apreendidos um fuzil, dois revólveres e duas pistolas, além de 2,5 quilos de cocaína e 3,4 quilos de maconha.
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