A Justiça liberou, na noite desta terça-feira (25), três menores que estavam apreendidos sob a acusação de atacar uma professora e vandalizar uma sala de aula na Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, em Carapicuíba (Grande SP), no último dia 30 de maio.
Eles são suspeitos de gritar e arremessar carteiras, cadeiras, livros e cadernos contra uma professora de português, de 45 anos. O ataque foi filmado por outro estudante, e as imagens chocaram o país.
Os adolescentes estavam, desde o último dia 5, na unidade da Fundação Casa localizada no bairro do Brás (região central da capital paulista). Além do trio, outros seis menores envolvidos no caso também já haviam sido liberados pela Justiça.
Segundo o TJ (Tribunal de Justiça), o advogado de uma vítima, que seria ouvida pela Justiça, pediu um prazo de 60 dias para que ela possa se reabilitar. "Desta maneira, como o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] prevê em seu artigo 108 que o prazo máximo de internação, antes de proferida sentença, é de 45 dias, os adolescentes foram desinternados e entregues aos genitores", diz trecho de nota.
O TJ acrescentou que o processo terá continuidade e uma nova data para a audiência será agendada.
Porta fechada
Uma porta fechada, repentinamente, teria iniciado a confusão na sala de aula do 7º ano A do ensino fundamental, quando alunos retornavam do intervalo após aula vaga, por volta das 10h, no dia 30 de maio.
"Não foi a gente que fechou a porta, mas alunos de outra classe. Só que a professora acusou os meninos e começou o bate-boca", contou uma das alunas da turma, de 12 anos, que estava na sala.
Segundo a estudante, a porta desta sala, quando fechada, travava do lado de dentro. Por isso, a professora de português e de inglês costumava mantê-la aberta ao dar aula.
Logo na sequência, a professora começou a pedir silêncio, uma vez que alguns meninos brincavam na hora da aula, segundo a aluna. "Um deles falou que não ia fazer a lição. Foi quando a professora disse que iria chamar a mãe dele. Aí, ele ficou louco e quis sair da sala, mas ela impediu."
De repente, segundo o relato, os meninos começaram a arremessar cadernos e livros pelo ar. "Isso é normal entre eles", disse.
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