Descrição de chapéu Zona Oeste

Casal assassinado em São Paulo levou ao menos dez tiros

Bebê de três meses sobreviveu ao ataque na zona oeste da capital paulista

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São Paulo

Ao menos dez tiros fatais foram disparados contra o casal que morava na região de Rio Pequeno (zona oeste) e saía com o carro da garagem por volta das 20h30 do último sábado (3). A filha das vítimas, de três meses, estava na cadeirinha no banco de trás, mas não foi atingida.

Viatura da Polícia Militar na região central de São Paulo - Rubens Cavallari - 15.fev.19/Folhapress

Os suspeitos fugiram do local do crime e até o momento não foram localizados. Nem os celulares nem o carro das vítimas, ou qualquer outro pertence, foram levados, o que intriga os policiais civis na investigação.

"Há indícios de autoria, mas ainda não podemos divulgar", diz Lupércio Antonio Dimov, delegado titular do 51º Distrito Policial do Rio Pequeno, Butantã, onde o inquérito foi instaurado.

As câmeras de segurança da rua Dr. João Vieira Neves no Jardim Esmeralda, onde o casal vivia, registraram o crime. As imagens estão em análise pelos policiais.

Cartuchos

Dentro do carro de Victor Coimbra de Siqueira, 31 anos, foram encontrados 21 cartuchos de munição calibre 38. "Provavelmente a vítima estava armada", diz o delegado. O revólver, no entanto, não foi localizado pelos policiais militares que participaram da ocorrência.

Ainda segundo Dimov, uma testemunha ouvida diz que o motorista teria reagido, antes de ser alvejado. Um dos criminosos, inclusive, dito: "É polícia, então, vamos matar". Na ação, entre três e quatro suspeitos teriam participado.

O delegado requisitou à Justiça a liberação dos dados dos aparelhos celulares apreendidos das vítimas. "Precisamos saber se o casal sofria ameaça de alguém ou mesmo tinha algum tipo de problema na área trabalhista", afirma Dimov.

Até o momento, os familiares de Victor e Patrícia Cássia Mello Guirar, 34 anos, não foram ouvidos pela polícia. "Ainda estão abalados, por isso não responderam aos chamados", diz o delegado.

Victor e Patrícia eram solteiros, mas viviam juntos. As vítimas não tinham antecedentes criminais, segundo a polícia. Também não se sabe a profissão deles. O velório e o enterro foram realizados no Cemitério São Pedro, na Vila Alpina (zona leste), no último domingo.

O caso foi registrado inicialmente como roubo seguido de morte (latrocínio).

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