Policial militar morre após ser atropelada por carro roubado na Grande SP

Dois suspeitos foram presos; a sargento atuava na corporação há 22 anos e deixa duas filhas

São Paulo

Uma sargento da Polícia Militar, de 42 anos, morreu após ser atropelada por um homem que dirigia um carro roubado, por volta das 5h10 desta terça-feira em Mauá (Grande SP). Dois suspeitos, de 37 e 22 anos, foram presos. A defesa deles não foi encontrada pela reportagem. 

Segundo a polícia, dois criminosos estavam em um GM Classic azul, roubado durante a madrugada de um aposentado de 68 anos - o local do roubo não foi informado pela polícia. Quando estava no bairro Jardim Zaira, a dupla tentou roubar mais um veículo, um GM Onix branco, mas sem sucesso. 

A sargento Taís Valéria Fanasca Melloni, da Polícia Militar, morreu após ser atropelada por bandidos, durante uma fuga, ocorrida por volta das 5h10 desta terça-feira (3) no Jardim Zaira - Arquivo Pessoal

Na sequência, os ladrões abordaram o motorista de um Fiat Palio vermelho e conseguiram pegar o veículo. O suspeito de 37 anos desceu do Classic e fugiu com o novo carro. Ele foi “escoltado” pelo outro desempregado, mas os dois foram localizados pela PM e houve perseguição. 

Na altura do número 100 da rua Sebastião Antônio da Silva, a PM Taís Valéria Fanasca Melloni tentou interceptar o Palio, mas foi atropelada em seguida. Ele integrava em uma equipe que realizava o Dejem  (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar), “bico oficial da PM”. As circunstâncias do atropelamento não foram informadas pela polícia. 

Após o atropelamento, o suspeito continuou em fuga e a policial foi encaminhada gravemente ferida a um hospital da região, mas não resistiu. 

Segundo boletim de ocorrência, o desempregado "embicou" o Palio na contramão da avenida Almirante Tamandaré, na região central de Mauá, quando bateu em um GM Corsa preto, conduzido por um estudante de 23 anos. Após a colisão, o suspeito perdeu o controle do Palio, invadiu uma calçada e foi preso na sequência. 

O outro acusado, que dirigia o Corsa, acabou preso após abandonar o carro e tentar fugir a pé. O local da prisão não foi informado. 

Durante a perseguição ao Palio, um PM chegou a atirar contra o veículo, pois o policial afirmou ter visualizado uma arma com o suspeito, que depois foi constatado que era uma pistola de brinquedo. 

Os dois desempregados foram presos por roubo e o mais velho deles acabou indicado por homicídio. O caso foi registrado no 4º DP de Mauá. 

Segundo a Polícia Militar, a sargento trabalhava no 38º Batalhão da PM e estava na corporação há 22 anos. Ela era divorciada e tinha duas filhas. 

De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB), sete policiais militares morreram em serviço, no estado de São Paulo, no primeiro semestre deste ano. 

No mesmo período do ano passado, foram cinco casos, representando alta de 40%

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