Um exame de DNA confirmou nesta quinta-feira (28) que o corpo encontrado no início da manhã do último dia 15, em um lago no Parque Natural Municipal de Pedroso, em Santo André (ABC), é de Lucas Eduardo Martins dos Santos, de 14 anos.
O jovem desapareceu por volta da 0h10 do dia 13, quando saiu para comprar um refrigerante, também em Santo André. Parentes do garoto acusam policiais militares pelo sumiço. A PM afastou dois agentes preventivamente enquanto o caso é investigado.
A reportagem apurou que a causa da morte do garoto ainda não foi confirmada oficialmente pelo IML (Instituto Médico Legal). Porém, segundo policial envolvido nas investigações, a suspeita é a de que o menino tenha sido afogado.
O ouvidor das polícias, Benedito Mariano, afirmou que, com a confirmação de que o corpo encontrado é de Lucas, as investigações devem se concentrar sobre a forma como o jovem foi raptado e em seguida morto. "Estamos aguardando mais um laudo de sangue encontrado em uma viatura [da PM]. A corregedoria da PM avocou o caso a pedido da Ouvidoria e temos confiança na apuração do órgão corregedor da PM que investiga indícios de participação de policiais militares na morte do garoto Lucas", afirmou.
O corpo de Lucas foi encontrado somente de cueca, boiando de barriga para baixo, às margens do lago. Um policial afirmou na ocasião, em condição de anonimato, que o cadáver não apresentava sinais de violência.
Para a realização do exame, foram coletadas amostras de DNA do pai e de um dos irmãos de Lucas para serem confrontadas com o material genético do corpo encontrado no lago.
O Agora apurou que a Polícia Científica coletou sangue humano dentro de uma viatura da PM, no dia em que Lucas desapareceu. O material foi encaminhado para ser também confrontado com as amostras de DNA coletadas dos parentes do jovem desaparecido. As análises ainda não foram concluídas.
A viatura passou por perícia após parentes de Lucas reconhecerem um policial que supostamente estaria envolvido no desaparecimento do jovem.
Resposta
À época do crime, a PM instaurou um procedimento para apurar o caso e, preventivamente, afastou do serviço operacional dois agentes que foram apontados por testemunhas como supostos participantes da abordagem ao garoto.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), sob gestão João Doria (PSDB), "todas as circunstâncias relativas aos fatos seguem em apuração pela Polícia Civil, assim como o IPM (Inquérito Policial Militar) instaurado pela Polícia Militar".
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