O vendedor Renato Ourique de Oliveira, 38 anos, foi encontrado morto em seu apartamento, por volta das 16h40 de sábado (7), na Sé (região central da capital paulista), dois dias após sair de uma festa de confraternização da empresa em que trabalhava, na zona oeste da cidade. O caso é investigado como latrocínio (roubo seguido de morte).
Câmeras de monitoramento registraram dois suspeitos, ainda não identificados, entrando com Oliveira na casa dele. Cerca de duas horas depois, as câmeras gravam os dois suspeitos saindo do local com duas sacolas, que teriam objetos da vítima, por volta das 2h de sexta-feira (6).
Ambos não haviam sido localizados pela polícia até a publicação desta reportagem.
Oliveira não foi ao trabalho nem na sexta (7) nem no sábado (8), deixando seus colegas de trabalho preocupados. “Ele não faltava. Com dois dias sem ir a empresa, sabíamos que alguma coisa grave poderia ter acontecido”, afirmou a gerente da vítima, de 27 anos.
Por conta do sumiço, dois funcionários foram à casa do vendedor no sábado, em dois momentos diferentes. Porém, como ninguém abriu a porta, chamaram a Polícia Militar, que teria orientado os amigos a tentarem abrir o apartamento.
A gerente de Oliveira, que afirmou ser amiga dele, tinha uma cópia da chave da residência do vendedor. Por volta das 16h40 de sábado, ela e outra amiga da vítima, uma massagista de 24 anos, entraram no apartamento e encontraram o corpo caído no chão.
Segundo a polícia, Oliveira foi encontrado com os braços e pernas amarrados, além da boca amordaçada e com hematomas.
Ele era natural de São Borja (RS), de onde se mudou sozinho para a capital paulista há cerca de sete anos.
A gerente disse que a vítima era uma pessoa conhecida “por ser do bem” e que, por isso, nutria o carinho dos colegas de trabalho. “Ele estava há pouco mais de um mês na empresa e, mesmo com pouco tempo, já era querido por todos” disse sobre Oliveira, que trabalhava como vendedor em uma empresa de móveis e decoração.
A chefe da vítima acrescentou que Oliveira não comentou em momento algum que sairia com alguém, após a confraternização. “O crime que fizeram com meu amigo foi muito violento. A violência que fizeram com ele, para o roubar, não se justifica. A empresa inteira ficou abalada”, afirmou.
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