A reintegração de posse de uma ocupação embaixo do viaduto Alcântara Machado, na Mooca, que faz a ligação da região central com a avenida Radial Leste, pedida pela prefeitura, gestão Bruno Covas (PSDB), está parada na Justiça. No local vivem aproximadamente 150 famílias.
A prefeitura alega que fez o pedido para evitar um novo incêndio no local, como ocorrido em setembro do ano passado e que deixou o viaduto interditado por cinco dias. A gestão Covas diz que foi duas vezes ao local nos últimos meses.
Segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), porém, a reintegração está “parcialmente suspensa” para que a prefeitura comprove que realizou solicitações feitas pela Defensoria Pública, como oferecer abrigo às famílias, ou ainda pagar auxílio aluguel.
O padre Júlio Lancellotti, vigário episcopal da Pastoral do Povo da Rua, da Arquidiocese de São Paulo, afirmou que a prefeitura teria assumido o compromisso de dar aluguel social e encaminhamento à famílias. Porém, segundo ele, “não se fez nada”.
O religioso acrescentou que, entre este domingo (12) e o próximo dia 22, pode se iniciar no local uma “saída espontânea” das pessoas por conta da possibilidade de a reintegração ser autorizada pela Justiça.
“Mas para onde essas pessoas vão, se não foi feito nada que a prefeitura prometeu?”, questionou.
Ele afirmou que as família estão sob o viaduto justamente pelo fato de não terem outra alternativa
de moradia.
Resposta
A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), afirmou que atuou no viaduto, em novembro de 2019, para negociar a desocupação do local, “que ocorre em função do risco de um novo incêndio”, diz trecho de nota.
Em 17 de dezembro, disse, profissionais voltaram ao viaduto para disponibilizar a inclusão das pessoas em programas sociais. Até o momento, acrescentou, somente uma pessoa se interessou para ir ao Centro de Acolhida.
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