A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), abriu 300 novas covas no Cemitério da Vila Formosa, na zona leste.
Segundo o Sindesp (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo), 13 escavadeiras de uma empreiteira contratada pela prefeitura realizaram o trabalho no local. Funcionários do serviço funerário criticaram a ação e disseram não terem sido informados que o serviço seria realizado pelo iniciativa privada na data. Eles afirmam que o serviço municipal conta com apenas 4 escavadeiras para realizar o mesmo trabalho em diversos cemitérios da capital.
Questionada, a prefeitura não informou o número exato de covas e nem se foram abertas exclusivamente para enterros de pessoas mortas por causa da Covid-19.
Segundo servidores, além das covas estaria prevista ainda a instalação de containers refrigerados para armazenamento de corpos, a contratação de uma agência de serviços funerários e a abertura de novas valas em outros cemitérios. Todos seriam realizados pela iniciativa privada, disse o sindicato.
O Sindsep afirma que a prefeitura não apresentou um painel de sepultamentos aos funcionários municipais de cemitérios com dados sobre tipos de enterros e pede que a gestão informe sobre casos suspeitos ou confirmados como sendo de Covid-19.
A organização quer ainda que haja garantia da segurança no trabalho dos profissionais com equipamentos de proteção individual e quer um treinamento especial das equipes de serviço nas unidades de trabalho do Serviço Funerário Municipal de São Paulo.
A Prefeitura de São Paulo, por meio de nota enviada pela Secretaria das Subprefeituras, disse que a ação no cemitério de Vila Formosa faz parte do Plano de Contingência do Serviço Funerário, que será detalhado nos próximos dias. A gestão afirma ainda que a ação estava planejada e segue decreto nº 59.358, de 15 de abril de 2020, que criou o grupo executivo intersecretarial.
Perguntada sobre as críticas e pedidos mencionados pelo sindicato, a pasta não respondeu aos questionamentos da reportagem do Agora.
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