Gestor de segurança se recupera após ser derrubado pela Covid

Mesmo o porte físico privilegiado não conseguiu parar a doença

São Paulo

Claudinei Marchesi, 53 anos, é um exemplo vivo de que o novo coronavírus não escolhe a quem contaminar. Com preparo físico de atleta, moldado em atividades físicas intensas, como musculação, bicicleta e corrida, o gestor de segurança foi surpreendido pela doença e precisou ficar sete dias internado no Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí (a 56 km de São Paulo), sendo três deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), para se recuperar.

O gestor de segurança Claudinei Marchesi ficou internado uma semana para conseguir sarar da Covid-19
O gestor de segurança Claudinei Marchesi ficou internado uma semana para conseguir sarar da Covid-19 - Arquivo pessoal

Como mantinha contato social intenso antes da quarentena, ele diz não ter noção de onde foi contaminado, mas começou a sentir os sintomas da Covid-19 no final do mês de março. Mesmo com boa imunidade e condição atlética, ele passou a apresentar febre, dor no corpo, muita tosse e perda de olfato e paladar.

“O que mais me chamou a atenção foram as perdas de paladar e olfato e a dor na panturrilha. Fui bastante paciente, aguardei os sintomas até que se tornaram mais intensos. O que me levou a buscar ajuda foi que fiquei prostrado, apático, sentindo enjoo. No final, perdi o apetite”, conta Claudinei, que é conhecido como Ney Júnior.

No atendimento da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Jundiaí, ele fez um raio-X que mostrou, segundo ele, uma coisa estranha. Então, fez o teste da Covid e uma tomografia, que confirmaram a doença e um comprometimento do pulmão. Foi, então, transferido de ambulância para o hospital, para ser internado.

“Para quem nunca tinha entrado em uma ambulância, foi complicado. Por isso, tenho uma grande gratidão ao hospital São Vicente. Fui muito bem tratado. Não fosse por eles, não tinha saído vivo. Teve um dia que foi muito difícil e eles me trataram muito bem”, agradece Claudinei, que afirma não ter precisado usar respirador, só o cateter com oxigênio no nariz.

Como ficou muitos dias sem conseguir se alimentar, o gestor diz ter perdido seis quilos no hospital, o que diminuiu sua capacidade física. Após a alta, dia 3 de abril, ele se isolou em casa por uma semana. Depois, resolveu fazer um teste para sentir como estava.

“Com todo esse preparo físico, resolvi dar uma caminhada para sentir a condição do pulmão. As pernas ficaram bambas e senti fraqueza, porque estava debilitado”, lembra, enfatizando que a tosse só acabou de vez recentemente, mais de um mês após deixar o hospital.

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