O cadeirante Luiz Antonio Barreto, 42 anos, morreu após ser jogado de um viaduto, caindo em um rio raso, por volta das 7h10 de quinta-feira (29), na cidade de Bauru (329 km de SP). Um homem em situação de rua, de 36 anos, foi preso em flagrante por homicídio triplamente qualificado. A altura da queda não foi informada pela polícia.
Câmeras de monitoramento registraram o momento em que o suspeito empurra a vítima, em uma cadeira de rodas, desde a linha férrea até chegar ao viaduto João Simonetti, na rua Treze de Maio. Durante o trajeto, afirma boletim de ocorrência, a vítima foi agredida na região da cabeça com tapas. Chegando ao viaduto, a vítima, que não tinha as duas pernas, foi retirada da cadeira e jogada no rio Bauru.
Por estar com o leito raso, as águas do rio não amorteceram a queda do cadeirante, que morreu ao chocar-se com o concreto que canaliza o veio d’água. “A vítima, em decorrência da gravidade dos ferimentos, começou a sangrar muito e ficou inconsciente, enquanto que populares desconhecidos se aproximaram do local para socorrer a vítima e tentavam conter fisicamente o autor do crime”, diz trecho de boletim de ocorrência.
O suspeito, ainda de acordo com o documento policial, chegou a ser agredido “por alguns” dos desconhecidos, mas mesmo assim conseguiu correr por uma rua de terra em direção à favela São Manoel, margeando a linha férrea.
Enquanto o morador de rua corria, a Polícia Militar foi acionada e passou a procurar pelo suspeito. O homem foi localizado já perto de outro viaduto, na avenida Nuno de Assis, a cerca de um quilômetro e meio do local de onde jogou o cadeirante. Já preso e algemado, segundo boletim de ocorrência, o suspeito “muito agressivo, dizia aos PMs que matara a vítima [...] admitindo a prática do crime e sua intenção homicida”, afirma trecho do documento policial.
Socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constataram a morte do cadeirante ainda no local do crime.
A vítima ganhava dinheiro vendendo balas nas ruas da cidade do interior paulista, segundo registrado pela polícia, que também investiga a motivação para o crime.
O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária de Bauru como homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, emprego de meio cruel e à traição.
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