A favela de Paraisópolis (zona sul) inaugurou, nesta sexta-feira (16), uma horta comunitária com mais de 60 espécies de hortaliças e frutas. O projeto AgroFavela-ReFazenda deve impactar mais de 1.000 pessoas com a meta de colaborar no combate à fome e melhorar a condição nutricional dos moradores da região.
A inauguração aconteceu em comemoração ao Dia Mundial da Alimentação.
De acordo com Gilson Rodrigues, coordenador Nacional do G10 das Favelas e líder comunitário de Paraisópolis, a horta vai funcionar também para o abastecimento da cozinha do projeto Mãos de Maria que oferece mais de 5 mil marmitas diariamente para a população.
Com a horta, a intenção é também promover a conscientização para reduzir o desperdício de alimentos. Para isso, mulheres moradoras de Paraisópolis e cadastradas no projeto, as "fazendeiras urbanas" passarão por treinamentos e receberão material para fazer o plantio em casa.
Na capacitação, as mulheres vão aprender técnicas de cultivo, redução e reutilização de resíduos orgânicos como fertilizantes. A resposta da comunidade à ação, afirma Rodrigues, tem sido muito positiva, com muitas "fazendeiras" se inscrevendo como forma de "resgatar suas origens".
O projeto é uma iniciativa do G10 das Favelas em parceria com o Instituto Stop Hunger e o Grupo Sodexo. A meta é implantar, ainda este ano, 200 hortas em lajes, casas e espaços vazios da favela.
No Pavilhão Social G10 das Favelas serão mantidas duas hortas, uma vertical, com 20 m², e outra horizontal, numa área de 900 m². Frutas, legumes e verduras serão produzidos lá, e o espaço vai contar também com plantas trepadeiras e flores.
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