A estudante Amanda Linhares da Hora, 26 anos, foi assassinada na noite deste sábado (2), no Jardim Selma, região de Cidade Ademar (zona sul da capital paulista). Segundo testemunhas, o principal suspeito de ter cometido o feminicídio é o companheiro dela, que fugiu após o crime e teve o corpo encontrado, na manhã deste domingo, em Diadema (ABC), com sinais de suicídio, segundo a polícia.
Além de Amanda, também foram baleados, mas socorridos com vida, a mãe, o pai e o irmão dela.
O crime aconteceu por volta das 21h, na rua Maria Clotilde Martins Rocha. A Polícia Militar foi chamada até o local, após vizinhos terem ouvido disparos de arma de fogo. Quando chegaram, os policiais encontraram a mãe de Amanda, Vanusia Linhares da Hora, 50, sentada na calçada.
Vanusia contou aos policiais que a filha estava no apartamento, dentro do prédio de dois andares, e que tinha sido baleada pelo ex-companheiro. O pai, Jardel Costa Santana da Hora, 47, e o irmão de Amanda, Paulo Guilherme Linhares da Hora, 27, também foram atingidos por disparos e acabaram socorridos por vizinhos a hospitais da região, antes da chegada da PM.
No apartamento, os policiais encontraram Amanda caída, cercada por uma poça de sangue, já aparentemente morta.
Segundo Vanusia, Amanda e o companheiro tinham discutido no dia anterior e ela buscou abrigo na casa dos pais. O homem insistiu para que ela voltasse para o apartamento onde viviam, mas a jovem afirmou que só conversaria com ele na presença dos familiares.
Eles, então, marcaram o encontro no apartamento neste sábado, mas o suspeito não estava lá. Quando se preparavam para ir embora, o companheiro de Amanda chegou fazendo os disparos.
Segundo vizinhos, que preferiram não se identificar e ouvidos pela reportagem, o homem entrou no banco do passageiro de um Uno branco e fugiu.
Corpo
Na manhã deste domingo, a PM foi acionada e encontrou o corpo do ex-companheiro de Amanda no bairro Eldorado, em Diadema, a cerca de 8 km do local do crime.
O homem estava dentro de um Uno com um revólver calibre 38 de numeração raspada e duas munições ainda íntegras. Segundo os policiais, tanto a posição do corpo quanto o único disparo indicam que pode ter sido suicídio.
Feminicídios
Só na capital paulista foram registrados 34 feminicídios entre janeiro e novembro de 2020, os dados mais recentes disponibilizados pela SSP (Secretaria da Segurança Pública), sob a gestão de João Doria (PSDB). Em todo o estado, foram 160 casos no mesmo período.
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