A fiscalização do governo estadual e da prefeitura fechou um bingo no bairro de Santa Cecília (região central de São Paulo), na noite de sexta-feira (9), durante ação por causa do toque de recolher no estado de São Paulo.
No local, havia 97 pessoas e foram apreendidas 77 máquinas de caça níqueis. No bingo, localizado na rua Veridiana, segundo a fiscalização, os apostadores, a maioria idosos, estavam aglomerados em um ambiente sem ventilação, o que contribui para a disseminação do novo coronavírus. Quatro funcionários do bingo acabaram detidos. Todos assinaram termo de compromisso de comparecerem em juízo e foi liberado.
Eventos estão proibidos em São Paulo como medida para frear as infecções, mortes e internações decorrentes da Covid-19.
Na mesma noite de fechamento do bingo, foram inspecionados 26 estabelecimentos comerciais em São Paulo e 16 pessoas acabaram detidas.
Entre estes lugares, a polícia encontrou uma festa clandestina, em Guaianazes (zona leste),um bar e uma lanchonete na Aclimação (centro), e uma tabacaria na Água Branca (zona oeste), todos funcionando de forma irregular, fora de horário permitido e com aglomeração de pessoas .
A Polícia Militar afirma ter atuado em 31 ações de apoio à Vigilância Sanitária na capital, no litoral e no interior, entre a noite de sexta (9) e madrugada deste sábado (10). No total, foram feitas 1.671 dispersões e flagrados 392 pontos de aglomeração no estado. Ao menos 114 pessoas acabaram presas, 76 delas eram procuradas pela Justiça.
Em um vídeo divulgado pelo governo, um policial que integra a força-tarefa da fiscalização usa um megafone para pedir a colaboração e calma aos frequentadores de um dos lugares.
A PM já realizou 5,8 mil operações em todo o estado desde o início do toque de restrição das 23h às 5h, iniciado em 26 de fevereiro. No total, 4.900 pessoas foram presas, 3,2 mil delas eram procuradas pela Justiça. No período, o Procon realizou 6,6 mil fiscalizações que resultaram em 405 autuações.
O Comitê de Blitze foi criado em 12 de março para reforçar as fiscalizações para cumprimento das medidas restritivas da fase emergencial da Rede São Paulo para evitar a propagação do novo coronavírus.
O grupo é formado por agentes da Guarda Civil Metropolitana e da Covisa (Coordenadoria da Vigilância Sanitária) pela Prefeitura de São Paulo. Pelo governo do estado, atuam profissionais da Vigilância Sanitária, Procon e das polícias Civil e Militar.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.