Moradores de condomínio da zona leste de SP temem queda de caixa-d'água de 30 metros

Conjunto residencial em Ermelino Matarazzo depende do reservatório, que apresenta rachaduras e vazamentos

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São Paulo

Um grupo de moradores de um conjunto habitacional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), em Ermelino Matarazzo (zona leste de São Paulo), diz que a caixa-d’água de cerca de 30 metros de altura, que abastece as mais de 170 famílias do condomínio, está com rachaduras e vazamentos. Eles temem que a estrutura desabe sobre os apartamentos.

Os problemas começaram há aproximadamente três meses e, desde então, os condôminos não estão mais usando o reservatório, apenas a água direta da rua.

Um dos moradores do conjunto habitacional, o supervisor logístico Celso Roberto Miranda, o Carioca, 57 anos, afirma que ele e os vizinhos ficaram preocupados com o que pode acontecer.

“Há uns três meses ela [caixa-d'água] ficou vazando muito e apresentou algumas rachaduras. Já foi feita uma manutenção, como colocar uma vedação, mas a gente não sabe qual material foi colocado e ela seguiu rachando. Tem ferros expostos. Optamos por esvaziar a caixa porque se mantivesse ela cheia, seria capaz de ter acontecido um rompimento e fazer um dano pior aqui dentro do condomínio”, diz Carioca.

Além disso, o morador afirma que tem armazenado baldes com água com medo de uma possível escassez. “Tem vezes que ficamos sem água da rua por aqui, então estamos fazendo uma reserva com baldes de água dentro de casa para pelo menos se acabar, ter água para usar para pelo menos tomar banho, lavar louça e fazer comida”, ressalta.

Moradora há 17 anos no conjunto habitacional, a dona de casa Silvana Paulino, 53, disse que já vê problemas na caixa-d’água há pelo menos quatro anos, mas está mais preocupada com o atual estado do reservatório.

“O pessoal chegou a arrumar, mas continuou com o mesmo problema. A situação ficou ainda mais complicada durante essa pandemia. Já vieram três engenheiros e falaram que o ideal seria demolir essa caixa-d'água e construir outra. Só espero que resolvam logo”, destaca Silvana.

Já a costureira Elezia Vieira, 49, moradora há 15 anos no local, ressalta que também tem medo da falta de água.

"Estou bem preocupada, pois dependemos da água da rua e preciso armazenar água em baldes. A qualquer momento ficamos sem água. É um problema sério ficar sem essa caixa. Espero que esse problema possa ser resolvido o quanto antes”, diz.

Resposta

Em nota, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), do governo João Doaria (PSDB), afirma que não há registros de solicitação de moradores do Condomínio Belo Monte referentes à caixa-d’água, mas afirma que uma equipe técnica irá ao local verificar o que está ocorrendo.

“Cabe esclarecer que o empreendimento foi entregue em 2003, há mais de 18 anos, e que é importante que o condomínio faça os serviços preventivos de manutenção e conservação nas áreas comuns dos prédios, conforme orientado no momento da entrega do empreendimento”, diz a nota.

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