Descrição de chapéu Coronavírus

Capital paulista reduz para 30 dias o intervalo para a 2ª dose contra a Covid na xepa

Medida passa a valer a partir desta segunda-feira (23) para vacinados com a primeira dose da Pfizer ou AstraZeneca

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São Paulo

A Prefeitura de São Paulo reduziu para 30 dias o tempo de espera para a segunda dose da vacina contra a Covid-19 na xepa. O prazo anterior era de 60 dias. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou, na manhã desta sexta-feira (20), que a mudança começa a vigorar na segunda-feira (23).

A chamada xepa da vacina é feita, segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, para não perder doses remanescentes de imunizantes ao final do dia.

O prazo de espera para a xepa, agora reduzido pela metade, vale para as vacinas da AstraZeneca e Pfizer. Com relação à Coronavac, o tempo mínimo de antecipação para o reforço permanece em 15 dias, ainda de acordo com a prefeitura.

"Se tiver sobra de dose, das vacinas, a unidade de saúde chamará [a pessoa] para tomar [o imunizante disponível] antecipadamente", afirmou Nunes.

Aparecido acrescentou que a pasta da Saúde mobiliza os postos de vacinação para que não percam doses de imunizantes. "Por isso reduzimos o prazo [da xepa], para usar doses remanescentes", disse.

Podem se inscrever na lista da xepa as pessoas que moram, estudam ou trabalham na região da unidade de saúde. Para isso, é necessário apresentar comprovante de residência de que mora perto do posto de vacinação.

Essa é a segunda xepa para segunda dose com antecipação de data. Segundo a secretaria, entre os dias 16 e 19 de agosto, foram aplicadas 2.547 doses remanescentes, quando o intervalo e Pfizer e AstraZeneca havia sido reduzido para 60 dias.

Pelo calendário do PNI (Plano Nacional de Vacinação) a dose de reforço da Pfizer e da AstraZeneca TEM intervalo de 12 semanas. Para a Coronavac, o período entre uma dose e outra pode ser de até 28 dias.

Questionado se é permitida a antecipação de doses, o Ministério da Saúde disse apenas que estuda reduzir o intervalo entre as duas vacinações do imunizante da Pfizer para 21 dias.

Já a secretaria afirmou que a redução de 60 para 30 dias no prazo entre primeira e segunda dose dos imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer está dentro das recomendações do fabricante. "Cabe aos municípios, que executam a vacinação, propiciar o melhor uso e destinação das doses remanescentes para que não haja qualquer tipo de desperdício dos imunizantes" afirmou, em nota.

Vacinação de jovens a partir dos 12 anos

A redução do tempo de espera para a xepa de segunda dose foi anunciada em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (20) na UBS Max Perlman, na Vila Nova Conceição, zona oeste da capital paulista.

Durante a entrevista, o prefeito também falou sobre a antecipação da vacinação para adolescentes com comorbidades, a partir dos 12 anos, também a partir de segunda-feira. O público com essa faixa etária é constituído por 92.868, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Pelo calendário do governo do estado, a previsão é vacinar o grupo de 12 a 15 anos com comorbidades entre 26 e 29 de agosto nos municípios paulistas.

Como o Agora antecipou na quinta-feira (19), o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, afirmou que a administração estudava a antecipação das idades por causa da baixa adesão de jovens entre 16 e 17 anos com comorbidades, que começaram a ser vacinados na quarta-feira (18).

Entre quarta e quinta, 6.810 jovens com este perfil foram imunizados na cidade, representando 14,18% dos 48 mil estimados pela prefeitura.

Menores de 18 anos só podem ser vacinados com doses da Pfizer, conforme determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Doses garantidas, segundo o prefeito

O prefeito Ricardo Nunes afirmou também que, neste sábado (21), ocorre em 82 AMAs a repescagem para adolescentes de 16 e 17 anos com comorbidades.

Ainda segundo o prefeito, a capital tem doses suficientes para imunizar, contra a Covid-19, todo o grupo de adolescentes com comorbidades. “Só anunciamos [a vacinação de grupos] quando temos doses suficientes”, afirmou.

Ele disse ainda que, além de comorbidades, jovens grávidas ou mulheres que deram à luz recentemente também serão contempladas na nova fase de imunização.

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