A Prefeitura de São Paulo começa a vacinar a partir desta segunda-feira (23) adolescentes de 12 a 15 anos com comorbidades. O anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), na manhã desta sexta-feira (20), em entrevista coletiva na UBS Max Perlman, na Vila Nova Conceição, na zona oeste da capital.
O público com essa faixa etária é constituído por 92.868, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Pelo calendário do governo estadual, a previsão é vacinar o grupo de 12 a 15 anos com comorbidades entre 26 e 29 de agosto nos municípios paulistas.
Como o Agora antecipou na quinta-feira (19), o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, afirmou que a administração estudava a antecipação das idades por causa da baixa adesão de jovens entre 16 e 17 anos com comorbidades, que começaram a ser vacinados na quarta-feira (18).
Entre quarta e quinta, 6.810 jovens com este perfil foram imunizados na cidade, representando 14,18% dos 48 mil estimados pela prefeitura.
Menores de 18 anos só podem ser vacinados com doses da Pfizer, conforme determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O prefeito Ricardo Nunes afirmou também que, neste sábado (21), ocorre em 82 AMAs a repescagem para adolescentes de 16 e 17 anos com comorbidades.
Nunes também afirmou que reduziu para 30 dias o tempo de espera para a xepa de doses da Pfizer e AstraZeneca. O tempo anterior era de 60 dias.
Segundo o prefeito, a capital tem estoque suficiente de doses para imunizar todo o grupo de adolescentes com comorbidades. “Só anunciamos [a vacinação de grupos] quando temos doses suficientes”, afirmou.
Ele disse ainda que, além de comorbidades, jovens grávidas ou mulheres que deram à luz recentemente também serão contempladas na nova fase de imunização.
“Grávidas e puérperas precisam levar um documento médico autorizando a vacinação e puérperas certidão de nascimento e, todos os menores, acompanhados de responsável”, disse.
Caso a adesão de jovens com comorbidades continue baixa, a prefeitura não descarta criar estratégias para atrair este público, como já foi feito com a Virada da Vacina, em que até DJs tocaram músicas em postos de vacinação durante a madrugada.
“E para quem não conseguir se vacinar durante a semana, faremos a repescagem”, afirmou Nunes.
Da mesma forma que o secretário da Saúde afirmou quinta ao Agora, Nunes reconheceu que a adesão à vacinação contra o coronavírus de jovens com comorbidades ainda é baixa.
“Gostaria, evidente, que fossem os 48 mil já vacinados”, disse, falando ainda que, adultos com comorbidades também compareceram de forma tímida aos postos, quando a vacinação deste grupo foi permitida na cidade.
Sobre a diminuição do tempo de espera para a xepa, de 60 para 30 dias, Edson Aparecido afirmou que a medida foi tomada “para não se perder doses remanescentes” de imunizantes.
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