Cidades do ABC paulista rejeitam uso do passaporte da vacina

Seis dos sete municípios da região também decidiram manter restrições de horário e ocupação no comércio e nos serviços

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São Paulo

Por unanimidade, os prefeitos da região do ABC paulista optaram por não adotar o passaporte da vacina para permitir que apenas pessoas imunizadas contra a Covid-19 possam ter acesso a ambientes fechados. A decisão foi tomada em reunião do Consórcio Intermunicipal Grande ABC realizada nesta quinta-feira (26).

No mesmo encontro, seis de sete cidades da região também decidiram manter as restrições de horário e público nos estabelecimentos comerciais até o dia 15 de setembro. Originalmente a medida estava prevista para acabar no dia 31 de agosto. Apenas a cidade de São Caetano, gestão Tite Campanella (Cidadania), não acompanhou o consórcio, já que seguiu o cronograma estadual do Plano SP, que terminou com as restrições no estado no último dia 17.

O passaporte da vacina já foi anunciado pela capital paulista e por outras cidades da Grande São Paulo, como Guarulhos.

“Nesse momento, preferimos investir na conscientização e na campanha educacional, principalmente por parte dos estabelecimentos comerciais, do que na punição”, diz Paulo Serra (PSDB), prefeito de Santo André e presidente do consórcio, ao Agora.

Apesar de preferir não trabalhar com possibilidades, Serra afirmou que a medida provavelmente não será adotada em nenhum momento. “É difícil trabalhar com futurologia na pandemia, mas acredito que, pela postura dos prefeitos, dificilmente haverá uma imposição ou obrigatoriedade nesse sentido.”

O prefeito de Santo André também ressaltou a importância dos estabelecimentos incentivarem a vacinação dos seus clientes.

“Eles são os grandes beneficiados com a medida. Se conscientizarem o maior número de pessoas, os ambientes vão se tornar mais seguros e a frequência aumentará”, afirma Paulo Serra.

Segundo ele, o objetivo de estender as restrições de horário e público nos comércios é é conter o avanço da variante delta da Covid-19 e aguardar a ampliação da cobertura da vacinação.

“Não queremos colocar em risco todo o esforço que já foi feito justamente nessa fase final da pandemia, que atualmente está sob controle aqui na região com taxas de internação abaixo de 30% e o número de casos em queda”, afirma Paulo Serra.

Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra vão manter a capacidade de estabelecimentos limitada em 80% e o horário de funcionamento das 6h à meia-noite até meados de setembro.

Já a Prefeitura de São Bernardo, gestão Orlando Morando (PSDB), além de prorrogar as restrições até o próximo mês, vai manter as atuais regras de funcionamento das atividades econômicas, das 6h às 22h, com tolerância de uma hora —até as 23h— e capacidade máxima de ocupação de 60%.

“A administração irá avaliar na próxima semana se irá manter as restrições”, disse o município em nota à reportagem.

O objetivo da medida é conter o avanço da variante delta da Covid-19 e aguardar a ampliação da cobertura da vacinação.

Uma nova reunião do consórcio está marcada para o dia 10 de setembro, em que uma análise da situação será feita.

“A nossa previsão é que nesta data a região atinja 75% da cobertura vacinal completa, que é um índice que nos daria mais segurança para tomar o próximo passo”, destaca o presidente do consórcio.

Em nota à reportagem, a Prefeitura de São Paulo, gestão Ricardo Nunes (MDB), disse que os protocolos sobre o passaporte da vacina na cidade estão sendo definidos e serão divulgados assim que possível.

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