Frio. Filas. Paciência.
O jovem paulistano luta para obter sua vacina.
Era a noite da virada.
João Félix estava com 19 anos.
O sucesso no vestibular tinha sido recompensado pelos pais.
Carro novo.
O Trailblazer era adaptado à rotina urbana e à vida rural.
—Posso ir para a fazenda quando eu quiser.
O drive-thru da vacina ia ser a estreia da picape.
—Beleza. Vou convidar a turma.
Seis amigos iriam no compartimento dos passageiros.
—E mais gente na caçamba.
Ele acendeu um baseado.
—Viva o Doria.
Os amigos levantaram uma questão.
—Será que a fila vai ser grande?
João Félix mostrou o carregamento na mochila.
—Uísque. Tequila. Cervejinha.
—Beleza.
—Aí o tempo passa rápido.
Rock animado. Belas garotas. Muito uísque na cabeça.
Até que a vez de João Félix não demorou.
—Woa woite. A wacina aqwi é Pvizwer ou Wowonavac?
O atendente Romualdo demorou para entender.
—Quantos Big Mac?
João Félix percebeu o erro.
O drive-thru era do McDonald’s.
Ele terminou pedindo 12 quarterões com queijo.
A vacina ficou para outro momento.
Higienizar as mãos é importante.
Mas o álcool nem sempre ajuda no combate.
Voltaire de Souza: Atendimento rápido
Voltaire de Souza
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