Descrição de chapéu Coronavírus

Postos voltam a ficar sem AstraZeneca em São Paulo

No início da tarde desta quinta, 75% das unidades de saúde não tinham o imunizante

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Fábio Pescarini Mariane Ribeiro
São Paulo

Postos de saúde da capital voltaram a ficar sem vacina AstraZeneca para segunda dose nesta quarta-feira (22). Segundo o site "De Olho na Fila", serviço desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo para mostrar a situação dos postos, no início da tarde 75% dos postos estavam sem o imunizante contra o novo coronavírus.

Ao todo, 381 dos 509 postos que estavam funcionando por volta das 13h30 não tinham vacinas da AstraZeneca para segunda dose nesta quinta-feira.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde disse que "podem ocorrer faltas pontuais em algumas unidades devido à grande procura" e que há remanejamento de doses entre os próprios postos de vacinação.

Profissional de unidade de saúde em Santa Cecília, na região central de São Paulo, prepara vacina da Pfizer para aplicar em paciente - Ronny Santos - 15.set.21/Folhapress

A pasta também disse que 831.475 doses de vacinas contra Covid-19 chegaram na manhã desta quarta no Centro de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos para entrega aos postos de saúde.

Do total, segundo a prefeitura, são 51.130 doses de Coronavac, 212.445 de AstraZeneca e 567.900 de imunizantes da Pfizer.

As unidades, conforme a secretaria, estão orientadas a realizarem a intercambialidade com o imunizante da Pfizer, se a vacina da AstraZeneca estiver indisponível.

O problema é que faltava este imunizante nesta quinta também. Na zona sul, por exemplo, não havia Pfizer em 56 das 160 UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

Alguns postos alertavam no "Filômetro", como é chamado o site que mostra a situação dos postos de vacinação, que não estavam aplicando Pfizer no lugar de AstraZeneca.

A cidade de São Paulo ficou sem a vacina produzida no país pela Fiocruz durante uma semana, desde o dia 9 passado. A falta do imunizante fez o governo estadual autorizar o uso de Pfizer para as pessoas que não puderam tomar a segunda dose de AstraZeneca entre os dias 1º e 15 de setembro.

Segundo instrutivo publicado no site da secretaria municipal, porém, "no município de São Paulo, todas as pessoas que estão com a 2° dose de AstraZeneca em atraso poderão fazer uso da intercambialidade, mesmo que a data de retorno para a vacinação seja anterior a 1º de setembro".

A pasta chegou a exigir que as pessoas assinassem um termo de ciência de que iria tomar na segunda dose uma vacina diferente da aplicada pela primeira vez, mas recuou depois.

Esta não é a primeira vez que faltam vacinas na capital paulista. Em junho, a secretaria precisou interromper a vacinação, das duas doses no dia 21. Ela só foi retomada no dia seguinte com o envio de novos lotes pelo governo estadual.

A cidade de São Paulo está vacinando com primeira dose jovens a partir de 12 anos. E aplica terceira doses para idosos com 80 anos ou mais. Nos dois casos são usadas vacinas da Pfizer.

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