Suspeitos de soltarem balão que devastou parque Juquery são soltos após pagarem fiança

Trio foi detido na quarta-feira (20) em Franco da Rocha, na Grande São Paulo

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São Paulo

A Polícia Civil de Franco da Rocha (Grande SP) deteve, nesta quarta-feira (20), dois homens e uma mulher suspeitos de envolvimento no incêndio ocorrido no Parque Estadual do Juquery, em agosto passado. O trio, entretanto, vai responder em liberdade após pagamento de fiança, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

De acordo com a pasta, policiais da DIICMA (Delegacia de Investigações sobre Infrações Contra o Meio Ambiente) ouviram testemunhas e também, houve quebra de sigilos telefônicos e buscas domiciliares. "Após o trabalho de campo, os agentes identificaram dois homens e uma mulher", disse a secretaria, em nota.

Os nomes, as identidades das vítimas e os locais das detenções não foram informados pela polícia.

Também nesta quarta, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Nos locais, os policiais apreenderam roupas, artefatos, celulares e apetrechos para a fabricação de balões, além de um animal silvestre (maritaca).

Os três detidos foram indiciados por associação criminosa, crime contra o meio ambiente e manter ave silvestre em cativeiro. As investigações prosseguem.

No último remanescente do bioma na Grande SP, o Parque Estadual do Juquery, acredita-se que um balão tenha causado, em agosto, um incêndio que consumiu cerca de 80% da área protegida. O fogo começou em 22 de agosto e só foi extinto dois dias depois.

HISTÓRIA DO PARQUE

O Parque Estadual do Juquery foi criado em 1993, por decreto do então governador Luiz Antonio Fleury Filho. A unidade de conservação está em uma região de mananciais do sistema Cantareira.

Desde então, a área protegida já passou por duas alterações nos seus limites. A primeira, com inclusão de uma nova porção de terreno, ocorreu em 1999, por decreto do governador Mário Covas.

A mais recente veio por decreto de autoria do governador João Doria, no segundo semestre de 2020, aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo. Nesse caso, uma área do parque foi desafetada (com mais de 242,7 hectares) e outra foi incorporada (com 321,7 hectares).

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