Descrição de chapéu Coronavírus

Prefeitura de SP aguarda resultado de estudos para definir Réveillon e Carnaval

Secretário da saúde da capital afirma que resultados de avaliações epidemiológicas sairão em dezembro e janeiro

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São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) deverá esperar a realização de novos estudos sobre a pandemia na cidade de São Paulo para definir como será a realização de grandes eventos, como a Corrida São Silvestre, o Réveillon e o Carnaval do ano que vem.

Segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, um terceiro estudo epidemiológico será apresentado em dezembro. "Deve nortear muito Réveillon e São Silvestre", disse, ele, durante evento para acompanhar o primeiro dia de vacinação contra a Covid-19 de adolescentes em escolas, em um colégio municipal na região do Campo Belo (zona sul). "Para o Carnaval a gente deve fazer uma avaliação epidemiológica um pouco mais à frente, em janeiro", afirmou.

Ensaio da bateria da Mocidade Alegre; escolas de samba se prepararam para os desfiles de Carnaval do ano que vem na cidade de São Paulo - Adriano Vizoni - 22.set.21/Folhapress

Na contramão, cerca de 60 prefeitos paulistas já anunciaram que não vão liberar a realização do Carnaval em fevereiro do ano que vem.

Há inclusive cidades sem casos nem suspeitos da doença nas últimas semanas que decidiram suspender a folia.

A alegação é que o cenário da pandemia ainda é incerto e, por isso, não há condições de garantir como serão os primeiros meses do próximo ano. Além disso, é preciso ter sensibilidade com a dor vivida pelas famílias que perderam alguém para a doença, afirmam.

O coordenador-executivo do Comitê Científico para a Covid-19 do governo de São Paulo, Paulo Menezes, declarou na quarta-feira (24) que ainda é cedo para se falar nas aglomerações promovidas pelo Carnaval de rua em São Paulo para 2022. "Hoje entendemos que ainda é precoce se pensar em uma situação de multidões na rua com aglomeração, mesmo que seja daqui a três meses", disse Menezes, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes."

Desde o meio do ano, um grupo criado pela prefeitura, que tem representantes da Vigilância Sanitária, estuda a realização do próximo Carnaval. Os ingressos para os desfiles do ano que vem, porém, já são vendidos desde outubro, apesar de a folia ainda não estar liberada, e no próximo dia 4, as escolas de samba preparam uma grande festa para lançamento do CD com os sambas-enredo de 2022. Para as festas de rua, a gestão municipal recebeu a inscrição de 867 blocos. Nunes, inclusive, afirmou que espera 15 milhões de pessoas durante o período.

"São grandes eventos que precisam ser organizados com grande anterioridade. Agora, a palavra final da realização ou não é da Vigilância Sanitária", afirmou Aparecido.

Também nesta quinta, ao ser questionado sobre as cidades que estão cancelando o Carnaval, Nunes disse "que não se trabalha na pandemia com futurologismo".

Ele abordou a questão financeira do Carnaval e que o evento gera diversas oportunidades financeiras durante os dias de festa.

"O Carnaval na cidade de São Paulo gera emprego e gera renda", afirmou. "O nosso Carnaval de rua vai ter o patrocínio de uma empresa, de R$ 23 milhões, bancado 100% pela iniciativa privada. Só essa empresa vai fazer o cadastro dos vendedores e produtos deles", disse, citando que serão 20 mil pessoas cadastradas. "Não dá para desconsiderar isso. É prematuro falar que não vai ter algo que eventualmente possa ser realizado", completou.

Vacinação

O secretário Edson Aparecido afirmou que a cidade está de olho no que está acontecendo na Europa. "Vários países que tiveram vacinação baixa agora estão tendo um número elevado de casos. É exatamente esse problema que possibilita o surgimento de uma nova variante, por exemplo", afirmou ao lembrar que a capital paulista atingiu 100% dos adultos vacinados.

Segundo boletim divulgado na noite de quarta pela Secretaria Municipal da Saúde, a cidade atingiu 100,1% do público estimado com as duas doses ou a dose única da imunização contra a Covid-19. Ao todo, são cerca de 21,4 milhões de vacinas aplicadas desde 17 de janeiro no município.

Já entre os adolescentes entre 12 e 17 anos, só 43% dos jovens esperados apareceram para receber a segunda dose. Por isso, a prefeitura começou a vacinação em escolas. No início do mês, Nunes afirmou que esperava completar essa imunização até 5 de dezembro para flexibilizar o uso de máscaras em locais públicos. Na quarta, porém, o governo João Doria (PSDB) disse que elas serão liberadas a partir do próximo dia 11.

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