Polícia fecha festa com quase 500 pessoas e show da dupla Matheus e Kauan

Organizadores cobravam até R$ 1.600 pelo ingresso e davam garantia de que não haveria blitz no local

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São Paulo

Na madrugada deste domingo (11), a Polícia Civil flagrou duas festas clandestinas na cidade de São Paulo com cerca de 900 pessoas aglomeradas. Uma no Jardins, zona oeste, e outra, na Cidade Ademar, zona sul.

Na primeira ocorrência, agentes do 78º Distrito Policial (Jardins), chegaram em um imóvel residencial, no Jardim América, e flagraram mais de 486 pessoas, a maioria sem máscaras, consumindo comida, bebida, cigarro e ouvindo música ao vivo com a dupla sertaneja Matheus e Kauan. Quatro pessoas identificadas como as responsáveis pelo evento foram autuadas por infringirem medida sanitária preventiva.

De acordo com a polícia, uma socialite comemorava seu aniversário com show da dupla sertaneja. Na abordagem, as equipes contam ter encontrado drogas. A Vigilância Sanitária chegou à festa após receber mais de cem denúncias que neste local frequentemente se promovia eventos clandestinos com artistas famosos com garantia dada aos convidados que a festa não seria fiscalizada pela Polícia. Pelo ingresso, foi cobrado até R$ 1.600.

Festa clandestina com shows da dupla Matheus e Kauan - Divulgação/Polícia Civil

Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) disse que nesta festa clandestina foram apreendidos ainda tickets e comandas de consumo. A responsável pelo local foi conduzida à delegacia, onde foi elaborado boletim de ocorrência e ela autuada por infração de medida sanitária preventiva.

Em nota, a dupla Matheus & Kauan disse que foi contratada para realizar uma presença VIP no aniversário de socialite, no dia 10 de julho de 2021, quando seria realizada uma pequena confraternização para familiares e amigos. A nota segue dizendo que "a parte contratante não respeitou o pactuado, efetuando venda de ingressos, sem ter feito à dupla nenhum comunicado e/ou pedido prévio de autorização, bem como também desrespeitou o acordado no que tange ao número de pessoas no local. O departamento jurídico que assessora os artistas adotará as medidas cabíveis relativas ao descumprimento do contrato."

A força-tarefa, que contou com o apoio dos órgãos Municipais e Estaduais de Vigilância, efetuou também a interdição do local, multa por aglomeração, falta de uso de máscara, falta de sinalização entre outras.

Zona sul

A segunda ocorrência foi na Cidade Ademar, zona sul, onde estavam outras 406 pessoas que se aglomeravam, não respeitando o distanciamento social, e mais de cem pessoas sequer usavam máscaras de proteção. O proprietário e dois colaboradores foram conduzidos à sede da 2º Delegacia da Disccfaz (Divisão de Investigações sobre Crimes contra a Fazenda), do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), onde foi registrado termo circunstanciado de infração de medida sanitária.

Os demais frequentadores foram dispensados pela vigilância sanitária para evitar maior risco de disseminação do vírus. Durante a ação, uma mesa controladora de som e cinco máquinas de cartões foram apreendidos para análise.

As ações foram deflagradas pelo Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos), do Dope (Departamento de Operações Especiais de Polícia), em apoio ao Comitê de Blitz, criado pelo Governo de São Paulo para reforçar a fiscalização do cumprimento das medidas restritivas contra a pandemia.

No sábado, 10, a força-tarefa já havia impedido outras duas festas clandestinas na zona Sul da capital, com 100 pessoas no total.

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