Cuidar da zeladoria de uma cidade do tamanho de São Paulo costuma ser um teste de fogo para qualquer prefeito. Para o atual, Bruno Covas (PSDB), não é diferente.
Basta, por exemplo, dar uma olhada na situação de abandono das praças públicas da capital, como fez o Vigilante Agora.
A reportagem visitou dez praças. O cenário é desolador: mato alto, lixo, depredação, uso de drogas e até tráfico.
Os parquinhos estão com os brinquedos quebrados ou enferrujados, e as quadras, detonadas. Já alguns bancos e canteiros viraram moradia improvisada de sem-teto.
No mês passado, em entrevista ao Agora, o próprio prefeito reconheceu que a qualidade dos serviços precisa avançar. E prometeu que tudo estará “muito melhor” até o final da gestão, em 2020.
De olho nas eleições do ano que vem, Covas tenta passar a imagem de zelador da cidade. Ele ainda busca uma marca para a sua gestão, que acaba de completar um ano.
Para tanto, disse que vai ampliar as ações de tapa-buraco, para enfrentar um problema antigo que explodiu nos últimos meses. Anunciou também que vai turbinar o "rapa" para expulsar camelôs ilegais do centro e promover melhorias nas calçadas e no sistema de varrição.
Em relação às praças visitadas pelo Vigilante, a prefeitura prometeu fazer vistorias e arrumar os brinquedos e quadras “assim que possível”.
Com apenas um ano e oito meses de mandato pela frente, Covas precisa “acelerar”, como dizia seu antecessor, João Doria (PSDB) _outro que também enfrentou dificuldades para cuidar da zeladoria.
O paulistano tem pressa.
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