Filas enormes, longa espera, ambiente abafado, falta de lugar para sentar e desrespeito aos passageiros com direito a atendimento preferencial.
O panorama é comum em boa parte dos ônibus municipais que rodam em São Paulo. Agora, pelo visto, a situação se repete na hora de comprar a passagem ou pedir a segunda via do cartão nos postos de recarga do Bilhete Único.
O Vigilante Agora esteve em sete postos da SPTrans, a empresa que gerencia o transporte na capital. Em seis deles não havia funcionários suficientes, o que provoca filas e demora no atendimento.
A espera pode chegar a duas horas, como no posto do Terminal Jabaquara (zona sul), onde falta ventilação e idosos não têm prioridade. Já em Santana (zona norte), que não oferece lugar para sentar, parte da espera se dá ao ar livre, com a fila dobrando a esquina.
A única exceção, registre-se, é o posto de atendimento de gratuidades, na rua Boa Vista (região central): há guichês e assentos, ambiente climatizado e a espera não passa de 40 minutos.
A SPTrans promete reorientar a empresa terceirizada responsável pelo atendimento ao público, inclusive dando preferência a usuários especiais.
Nos postos, os funcionários dizem que a procura aumentou logo depois que a prefeitura --sob a gestão Bruno Covas (PSDB)-- proibiu a comercialização do Bilhete Único sem cadastro.
A medida, que força o usuário a tirar um cartão personalizado, é importante para evitar fraudes no sistema, já que quadrilhas desviam muita grana.
O que não dá para aceitar, porém, é resolver um problema criando outro. Até porque, de desconforto, já basta o que os passageiros enfrentam nos ônibus.
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