Corrida contra o tempo

Não importa se você é pedestre ou motorista: em São Paulo, nunca é demais redobrar a atenção ao cruzar alguma rua ou faixa de segurança.

Travessia de pedestre na avenida Celso Garcia, 4.558, em São Paulo - Rubens Cavallari - 24.set.19/Folhapress

No caso dos semáforos para os carros, em maior ou menor grau, a temporada de chuvas chega com uma certeza: os equipamentos quebrados se espalham pela cidade, complicando o trânsito e aumentando o risco de acidentes. Em alguns casos, o conserto demora dias.

Os semáforos para pedestres também têm suas armadilhas. Como o Vigilante Agora noticiou, alguns ficam tão pouco tempo abertos que é preciso fôlego de atleta para atravessá-los. O perigo é ainda maior para crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

A reportagem foi a dez avenidas movimentadas. O tempo para atravessar um trecho da avenida Deputado Cantídio Sampaio, na Brasilândia (zona norte), é de apenas sete segundos. É comum idosos ainda estarem no meio da faixa quando o farol já abriu para os veículos. “Se você não estender o braço para avisar, o carro arranca”, conta um segurança.

Não é demais lembrar que o pedestre tem preferência e que o motorista deve esperar que ele complete a travessia —mesmo se o sinal já estiver aberto.

Na avenida Celso Garcia, no Tatuapé (zona leste), o problema é outro. Quem anda por lá aguarda incríveis oito minutos até o sinal verde abrir. Para atravessar, porém, são só dez segundos. 

A CET afirma ter vistoriado os locais visitados e contesta o tempo cronometrado pelo Vigilante em alguns semáforos. 

Há um ano, a própria gestão Bruno Covas (PSDB) aumentou em 20% o tempo médio para os pedestres em 12 vias, com bons resultados. Será mesmo que não é o caso de ampliar esse programa?

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