Se há uma área em que o governo Jair Bolsonaro obteve avanços em 2019, é a economia. Não que a situação esteja boa —longe disso. Mas, mesmo aos trancos e barrancos, pelo menos foram criadas condições para um 2020 melhor.
De mais importante, a inflação ficou baixa e sob controle, apesar do estouro dos preços da carne no final do ano. Com isso, os juros do Banco Central caíram de 6,5% para 4,5% anuais, o menor patamar já documentado no país.
Embora essa queda não tenha chegado como deveria às taxas bancárias, o crediário ficou menos salgado e o consumo das famílias aumentou. Com mais movimento no comércio, há mais chance de surgirem vagas de trabalho.
O desemprego vai caindo devagar. A taxa do período setembro-novembro, divulgada na sexta-feira (27), foi de 11,2%, o que significa 11,9 milhões de pessoas procurando ocupação sem conseguir. No mesmo período do ano passado, o percentual era de 11,6%.
Isso acontece porque a economia também andou em marcha lenta. O ano deve terminar com crescimento um pouco acima de 1%, o que é muito pouco para um país remediado. Para 2020, já se espera uma expansão acima de 2%.
Embora essa aceleração pareça provável hoje, nada está garantido. É preciso contar com alguma sorte —que não haja uma crise grave no mundo, por exemplo— e com o bom senso do governo.
O esforço para colocar as contas públicas em ordem precisa continuar, com corte de privilégios para altos funcionários públicos e grandes empresas. É necessário também simplificar impostos e reduzir a burocracia para os negócios. Um pouco de paz na política nacional seria de grande ajuda também.
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