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Claudinei Queiroz: Gratas surpresas na seleção de vôlei na Liga das Nações

Tudo indicava que a seleção brasileira feminina de vôlei enfrentaria sérios problemas neste início de temporada, depois de sete jogadoras inicialmente convocadas pelo técnico Zé Roberto Guimarães não ficarem no grupo final.

Mas eis que, nos primeiros jogos da Liga das Nações, o time titular escalado trouxe gratas surpresas, que deram à seleção uma estrutura forte nos jogos.

A oposta brasileira Ana Paula Borgo ataca contra a Bulgária, na vitória brasileira por 3 sets a 0, na Holanda
A oposta brasileira Ana Paula Borgo ataca contra a Bulgária, na vitória brasileira por 3 sets a 0, na Holanda - Divulgação/FIVB

A oposta Ana Paula Borgo se mostrou segura, com muita técnica para superar os bloqueios rivais. Seu estilo de jogo me lembra muito o de Sheilla, que se tornou referência mundial da posição com sua eficiência acima da média, o que salvou o Brasil muitas vezes. Espero que Ana Paula, de 25 anos, siga seu exemplo.

A levantadora Macris foi alçada a titular depois da grande temporada que fez pelo Minas, sendo eleita, inclusive, a melhor jogadora da Superliga. E na seleção ela mostrou personalidade para liderar o time.

Tudo bem que o entrosamento com algumas jogadoras ainda não é o ideal, mas é início de temporada da seleção e ela tem muito a crescer, assim como a equipe de Zé Roberto.

Por fim, a central Bia entrou muito bem e se tornou ponto forte no bloqueio. No ataque, ainda falta acertar o tempo com Macris, mas é questão de tempo.

Citei as três, mas a principal jogadora desse grupo, até o momento, é a ponta Gabi. Do alto do seu 1,80 m, ela tem sido o porto seguro no ataque e no passe. Em seis jogos, já marcou 100 pontos, sendo 13 de bloqueio, apesar de sua altura.

Nas próximas rodadas, é esperado que Natália e Tandara voltem e deem mais peso à seleção. Mas acredito que Zé Roberto esteja satisfeito com o que o time vem mostrando na Liga.

A seleção masculina estreia nesta sexta (31), às 12h30 (de Brasília), na Liga das Nações, contra os EUA, na Polônia. A expectativa é pela presença de Leal, o ponteiro cubano naturalizado brasileiro que se apresentou esta semana e deve estrear com a amarelinha.

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