No próximo domingo tem mais um Dérbi paulista. Falar deste clássico é chover no molhado. É cair num mar de chavões. Mas é uma verdade dizer que o Dérbi é sempre um divisor de águas. A vida nunca é mais a mesma depois de um Corinthians e Palmeiras. 

Em 2016, o Verdão ganhou moral ao vencer todos os embates contra o Timão. Sob o comando de Cuca, o Palmeiras levou o Brasileiro depois de um intervalo de 21 anos. De quebra, revelou Gabriel Jesus. 

Já em 2017, o Corinthians arrancou para o título do Campeonato Paulista após vencer o rival. A vitória marcou o renascimento do atacante Jô, então em descrédito, assim como o de toda a equipe alvinegra. Depois do estadual, a equipe de Carille arrematou o Nacional, com uma das melhores campanhas da história. 

Desta vez, Palmeiras e Corinthians se enfrentam num contexto distinto. Corinthians vem numa ascendente, não só com vitórias, mas agora está fazendo gols. Estes eram ponto central das críticas ao desempenho do time nos últimos meses. Agora, Carille dá mostras de estar encontrando seu time ideal. O time indica caminhar no sentido de jogar com mais equilíbrio entre o trabalho de defesa e ataque.

Já o Palmeiras chega ao confronto cercado de dúvidas e insegurança. Após uma arrancada impecável no Campeonato Brasileiro, o time de Fellipão não manteve a mesma pegada após a parada imposta pela Copa América. Perdeu pontos e a liderança no Nacional para o Santos por usar times mistos, colocando em xeque o tal melhor elenco do país --fato que boa parte da mídia, principalmente daqueles intermináveis e numerosos programas de TV, adora incensar. 

A eliminação na Copa do Brasil diante do Internacional também colaborou para turvar o clima alviverde. 

Escrevo sem saber o resultado do Palmeiras. Independentemente de o Verdão avançar na Libertadores ou não, o Dérbi do próximo domingo vai dizer muito sobre o futuro dos arquirrivais paulistas em 2019.