Eu não falo gringo, eu só falo brasileiro... Alô, povão, agora é fé! Virtual campeão inglês, o Liverpool não sentiu qualquer pressão e, de forma protocolar, fez 2 a 0 (gols de Keita e Mohamed Salah) no Salzburg, na Áustria, confirmando o primeiro lugar do Grupo E da Liga dos Campeões da Europa.

Outra vez mais ficou claro que o ótimo treinador Jürgen Klopp tem um grande time na mão: o Liverpool é técnico, veloz, decisivo e, quando precisa, focado e forte mentalmente. O fato de o Flamengo ser um grande time, sem concorrência no fraco cenário nacional, fez muita gente apontar que a equipe está no mesmo patamar do atual campeão europeu. Não, não está. Não chega nem perto. Nem o Mengo, nem qualquer outra equipe sul-americana.

O zagueiro Pablo Marí e os laterais Rafinha e Filipe Luis, que chegaram da Europa para resolverem a linha defensiva rubro-negra, não tinham espaço nos grandes do continente e, por isso, voltaram. 

Gabigol, o homem-gol flamenguista, não conseguiu jogar nem na Internazionale nem no Benfica... Willian Arão, Bruno Henrique, Arrascaeta, Gerson e Éverton Ribeiro hoje não estão na mira dos principais clubes do Velho Mundo e, caso chegassem a Liverpool, não chegariam como titulares e teriam que buscar espaço...

Resumindo, se Flamengo e Liverpool realmente fizerem a final do Mundial de Clubes, os ingleses, mesmo não ligando a mínima para a competição, entrarão em clara condição de favoritismo. Se vão ganhar é outra história... 

Provavelmente, o Flamengo não passará a vergonha que o Santos passou diante do Barcelona, em 2011, mas também é verdade que os comandados de Jorge Jesus terão dificuldades para repetir o feito do Corinthians de Tite sobre o Chelsea em 2012, último ano que um sul-americano venceu o representante europeu e deu a volta olímpica no Mundial.

Machado de Assis: “Creia em si, mas não duvide sempre dos outros”.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca.