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Caneladas do Vitão: Choque-Rei arrastado e fraco termina sem gols

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São Paulo

É devagar, é devagar, é devagar, é devagar, devagarinho... Alô, povão, agora é fé! Como o São Paulo não é o Ituano e o Palmeiras não é o Água Santa, nem Tricolor nem Verdão tiveram aquela teta da rodada inicial. E o resultado foi um brochante 0 a 0 em Araraquara.

Não faltaram elementos para o Choque-Rei ter sido fraco de marré marré e, certamente, não deixará saudades. Início de temporada, pouco público (15.173 torcedores), forte calor, a odiosa torcida única, lentidão, falta de ritmo… Não fossem as duas bolas na trave do Palmeiras (Ramires, de fora da área, no primeiro tempo; Luiz Adriano, livre, de cabeça, no segundo) e um arremate perigoso de Dudu (ainda na etapa inicial), além de um gol perdido cara a cara por Daniel Alves logo no início do segundo tempo, não sobraria nada de positivo para contar.

Na disputa no meio-campo, o palmeirense Ramires (à dir) é cercado pelos são-paulinos Tchê Tchê (8) e Hernanes no Choque-Rei disputado em Araraquara
Na disputa no meio-campo, o palmeirense Ramires (à dir) é cercado pelos são-paulinos Tchê Tchê (8) e Hernanes no Choque-Rei disputado em Araraquara - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Se o Palmeiras fosse vitorioso, ninguém diria que o placar teria sido injusto, mas, dada a falta de pressão e inspiração verdes, não dá também para dizer que a igualdade não ficou de bom tamanho. O São Paulo, à Fernando Diniz, teve o controle (estéril) da posse de bola, principalmente no primeiro tempo, e, como jamais sinalizou que venceria e atuou como visitante, poderia até comemorar a igualdade, mas é pouco para quem está na fila, precisa dar uma resposta à sua exigente torcida e viu o Palmeiras chegar a dez jogos sem derrota no clássico, o recorde da história dos Choque-Reis.

Os treinadores até tentaram mudar o ritmo da prosa, mas não tiveram sucesso. O Tricolor voltou com Liziero no lugar de Helinho e, logo de cara, perdeu o que poderia ter sido a bola do jogo com Daniel Alves. Após o único susto, o Palmeiras voltou a ser mais incisivo, mas também esteve longe de empolgar a torcida que canta, vibra e corneta. Luxa tentou trocando Ramires, Gabriel Veron e Gabriel Menino, respectivamente, por Zé Rafael, Willian e Patrick de Paula; Diniz respondeu com Everton e Pato nos lugares de Hernanes e Pablo, mas o 0 a 0 prevaleceu.

Quem não viu não perdeu (quase) nada.

José Saramago: “O mau não é ter uma ilusão, o mau é iludir-se”. Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar.

E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

 
Vitor Guedes
Vitor Guedes

44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.

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