A recepcionista Claudina Diniz Chagas, 40 anos, do Jardim Eledy (zona sul), reclama da dificuldade para esclarecer dúvidas com a Enel sobre sua conta de luz.
As faturas dos meses de março, abril e maio vieram zeradas, segundo Claudina. Ela conta que ligou na Enel para saber o motivo e foi avisada de que não estava sendo feita a leitura por conta da pandemia. A leitora mora somente com o marido e explica que a fatura não costuma ultrapassar os R$ 55.
Em junho, porém, Claudina levou um susto. A conta, que estava registrada como “em análise” pela empresa, chegou em R$ 132, o triplo do normal para seu consumo. Desempregada, ela está inscrita numa faixa de renda baixa e paga uma tarifa menor.
“Me deu um troço no coração quando vi esse valor”, diz. Como os meses anteriores não foram cobrados, ela diz que aceitou a explicação de que a empresa cobrou retroativo, mas com base no consumo dos últimos 12 meses. “Pagamos direitinho e agradeci, ficou por isso mesmo”, diz.
Após as contas corretas de julho e agosto, a empresa acusou que a de setembro estava, também, “em análise”. A leitora ligou novamente para a Enel para entender o que significava.
“Me deram explicações que eu não engoli, e a atendente me falou que eu teria que esperar dez dias para receber a conta. Dessa vez não vou pagar o que não consumi.”
Distribuidora revisa cobranças
Em nota, a Enel afirma que entrou em contato com a cliente e informou que entre os meses de março e maio, as faturas foram calculadas pela taxa mínima por não haver cobranças anteriores para que a companhia pudesse adotar a cobrança média pelo consumo, um procedimento adotado durante a pandemia.
A nota informa ainda que a empresa revisou as cobranças e deu um crédito para a consumidora, que foi usado para quitar a fatura de setembro e cujo restante será abatido na de outubro.
A cliente diz que a conta de setembro aparece zerada no aplicativo da distribuidora, e que irá ficar atenta para que o crédito de fato seja abatido no mês seguinte. “Espero que esse crédito seja usado corretamente, porque, pelo meu consumo normal, ainda vai sobrar para novembro”, diz.
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