Encher o tanque do carro está pesando cada dia mais no bolso do consumidor. Tanto que, de acordo com levantamento da ANP (Associação Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o litro da gasolina comum chega a ser encontrado a mais de R$ 7 em alguns postos do país.
Atualmente, a média de preço na capital paulista é de R$ 5,639, podendo chegar a R$ 6,549 em alguns postos.
Mesmo o etanol, que é usualmente associado à economia por causa de seu valor mais baixo, também está mais caro. O litro do combustível derivado da cana-de-açúcar é vendido, em média, a R$ 4,298 na capital, chegando a R$ 5,099 em alguns postos.
A média nacional é ainda maior, de R$ 4,497, mas o consumidor chega a pagar até R$ 6,899, dependendo do estado.
Confira os preços nas bombas (em R$)
Levantamento realizado entre os dias 15 e 21 de agosto
Gasolina | Etanol | |||||
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Local | Média | Menor | Maior | Média | Menor | Maior |
Capital paulista | 5,639 | 4,999 | 6,549 | 4,298 | 3,849 | 5,099 |
Estado de São Paulo | 5,626 | 4,99 | 6,549 | 4,262 | 3,449 | 5,099 |
Brasil | 5,955 | 4,99 | 7,189 | 4,497 | 3,449 | 6,899 |
Fonte: ANP (Associação Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)
Com os preços nas alturas, especialistas dão dez dicas de como economizar combustível e poupar quando precisar encher o tanque. A primeira orientação é manter a manutenção do veículo em dia.
"A pessoa precisa ser rigorosa. No manual do veículo tem um plano de revisões. Tem peças que precisam ser trocadas a cada 5.000 ou 10 mil quilômetros rodados", exemplifica Rafael Serralvo, professor de engenharia mecânica do Centro Universitário Fei.
O especialista destaca que peças ligadas à ignição, como a vela e a bobina, requerem atenção especial. Isso porque a gasolina faz a carbonização delas e de outros componentes que, com o tempo, podem estragar e comprometer todo o motor.
É essencial apostar nos combustíveis de boa qualidade. A orientação é procurar postos com certificação e de confiança. Caso seja uma emergência e o motorista precise abastecer em um estabelecimento que não conhece ou está desconfiado, o ideal é colocar apenas a quantidade necessária para chegar até um revendedor conhecido.
Os pneus devem ser checados com frequência, já que, se estão murchos, geram gasto extra. Serralvo afirma que o ideal é checar a pressão dos pneus pelo menos uma vez na semana, seguindo as diretrizes de fábrica do próprio veículo.
Normalmente, há indicação de calibragem na região da porta ou da tampa do tanque.
Clayton Barcelos Zabeu, engenheiro mecânico do Instituto Mauá de Tecnologia, acrescenta que o balanceamento do carro deve ser feito periodicamente.
Economizar combustível também passa pela maneira como o motorista dirige. O especialista diz que andar com o carro a rotações muito altas aumenta o gasto de gasolina ou etanol. Por isso, é necessário respeitar as trocas de marcha.
"Os carros automáticos sempre trabalham com um consumo mais baixo. Algumas gerações mais novas [de veículos] têm até oito marchas justamente para gastar a menor quantidade possível de combustível", explica Serralvo.
No verão, é preciso ficar atento ao ar-condicionado. Quando ele é ligado, é ativado um compressor que rouba energia do motor do carro e amplia o consumo. O gasto fica ainda maior no trânsito da cidade.
Na estrada, o prejuízo é menor, pois não tem o "anda e para" ou o trânsito totalmente parado das cidades, explica Serralvo.
Ainda em relação à dirigir na cidade, Zabeu aponta que evitar acelerações bruscas contribui para a economia. "Com o motor trabalhando entre 1.500 e 3.000 RPMs (Rotações por Minuto), sem grandes pisadas agressivas no acelerador, tende a reduzir o consumo de combustível", detalha.
Evitar carregar peso desnecessário também contribui para diminuir o consumo do carro. "Massa adicional representa maior necessidade de potência do motor e, consequentemente, maior consumo de combustível", sintetiza Zabeu.
O especialista do Instituo Mauá adiciona que o hábito de "descansar" o pé do pedal do freio também deve ser evitado.
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