Servidores protestam contra reforma da Previdência da Prefeitura de SP

Funcionários públicos marcaram paralisação e ato no próximo dia 20

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São Paulo

Servidores municipais da capital paulista protestaram, na tarde desta quarta-feira (13), contra a reforma da Previdência enviada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) à Câmara Municipal. O principal ponto criticado pela categoria é o fim da isenção a aposentados e pensionistas. Veja cinco mudanças previstas pelo projeto.

Atualmente, apenas aposentados e pensionistas que ganham acima do teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) --de R$ 6.433,57 em 2021-- devem contribuir com o Iprem (Instituto de Previdência Municipal São Paulo). Se aprovado, o PLO 7/2021 diz que todos que ganham a partir de um salário mínimo (R$ 1.100 em 2021) deverão recolher a alíquota de 14%.

Servidores protestam contra reforma da Previdência municipal em São Paulo
Servidores protestam contra reforma da Previdência municipal em São Paulo - Cadu Bazilevski/Sindema

"Não podemos aceitar a votação deste projeto sem diálogo com os trabalhadores. Sampaprev [nome dado à reforma previdenciária municipal] 2, não. Não aceitamos confisco", afirmou Sérgio Antiqueira, presidente do Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), durante o ato realizado em frente à Câmara Municipal.

Na ocasião, onde aproximadamente 30 mil servidores protestaram, segundo o Sindsep, os funcionários públicos decidiram por uma paralisação e novo ato no próximo dia 20. Esta será a terceira manifestação dos trabalhadores contra o projeto, que tramita por comissões e pode ser votado ainda nesta quarta-feira (13).

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal aprovou nesta quarta a realização de audiência pública para debater o texto que altera as regras do funcionalismo público da capital paulista.

Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da cidade de São Paulo, em evento realizado em maio deste ano
Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da cidade de São Paulo, em evento realizado em maio deste ano - Marcelo Pereira/Secom

A Prefeitura de São Paulo justifica que o objetivo das mudanças é equilibrar as contas da administração. O projeto faz com que o RPPS (Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos) se assemelhe às regras da reforma da Previdência de 13 de novembro de 2019, segundo o texto enviado pelo Executivo.

Caso seja aprovada, esta será a segunda alteração do regime previdenciário de servidores municipais desde 2018 --a primeira reforma da Previdência municipal foi em dezembro de 2018.

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