O motorista de caminhão Lúcio Vanderlei de Oliveira, 61 anos, obteve uma decisão favorável da Junta de Recursos da Previdência Social, mas ainda não começou a receber sua aposentadoria por tempo de contribuição.
Morador da cidade de Paulínia (119 km de SP), Oliveira apresentou ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) seu pedido de aposentadoria em fevereiro de 2018, mas a solicitação foi indeferida. Diante da recusa, ele protocolou um recurso administrativo.
"Há mais ou menos cinco meses, verifiquei que o meu recurso foi julgado e acatado. Mas, mesmo assim, ainda não começaram a pagar a minha aposentadoria", afirma o segurado.
Ele acrescenta que não conseguiu obter uma resposta sobre o motivo de o benefício ainda não ter começado a ser pago, mesmo após a aprovação do recurso. A única informação que diz ter recebido foi a de que deveria esperar pelo recebimento da carta de concessão do benefício.
Sem conseguir a aposentadoria, Oliveira relata que teve de continuar trabalhando para se sustentar. Neste momento, porém, está parado porque terá de passar por uma cirurgia. "Esse dinheiro está fazendo muita falta. É complicado contribuir por 35 anos e, na hora de usufruir de um direito adquirido, não poder ter acesso", comenta.
Mesmo já tendo o recurso aprovado pelo INSS, Oliveira afirma que ainda continua contribuindo com o INSS mesmo após o pedido. "Quando dei entrada, já tinha 35 anos de contribuição. Agora, estou com uns 38. Decidi manter as contribuições para ter uma garantia", afirma.
Ele conta que optou por continuar pagando porque, caso dê algum problema e o INSS não libere a concessão do benefício, terá condição de entrar com outro pedido e, assim garantir a aposentadoria.
Procurada pela reportagem do Agora, a assessoria de imprensa do INSS informou, nesta sexta-feira (19), que não conseguiria se manifestar sobre o caso na última semana. O instituto diz que deve se posicionar nos próximos dias.
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