Usuários do terminal de ônibus Jardim Ângela (zona sul) reclamam que uma infestação de pombos no local já dura anos. Além de incômodo, as fezes da ave trazem risco de doenças. Para conter o problema, a gestora da estação instalou painéis com círculos coloridos, em formato de alvo, para "hipnotizar" e desorientar os animais.
A estratégia, entretanto, ainda não teve o resultado esperado, segundo a Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB). Isso se deve à estrutura da cobertura do terminal, onde as aves ficam empoleiradas. Além dos painéis, foram instaladas redes e grades de ferro.
Apesar de reclamarem, usuários da estação dizem que a situação era muito pior antes da instalação dos painéis. "Antes era quase impossível ficar na plataforma e não ser atingido", disse o comerciante Marcelo Oliveira, de 42 anos, que ainda não perdeu o hábito de olhar pra cima quando está no ponto.
O gesto de segurança é repetido por boa parte dos usuários. "A gente tem que ficar atento. Uma vez, estava conversando com o fiscal quando o pombo acertou bem em cima da prancheta dele. Até joguei o meu café fora", disse a aposentada Maria José da Silva, 62.
Fezes de pombos podem conter fungos, bactérias e ácaros capazes de provocar diversos problemas de saúde, de acordo com o Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde.
Pelo contato com os dejetos é possível contrair doenças pulmonares, gastrointestinais, de pele e alergias, entre outras.
Um funcionário do terminal reclamou da sujeira na estação, que atrai outros animais. "Não é só pombo, mas barata, aranha e rato também. Falta muita manutenção aqui."
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